Papéis em alta

Explosão no petróleo faz PRIO, Brava e Petrobras dispararem — veja quem mais pode se beneficiar!

Com o barril tipo brent acima de US$ 70, papéis de petrolíferas disparam na Bolsa nesta terça-feira.

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Petróleo, petroleiras
Foto de Kokhanchikov
  • Barril tipo brent sobe 0,8% e volta a superar os US$ 70.
  • Petrobras, Prio, Brava e Petroreconcavo registram forte alta na B3.
  • Investidores apostam em maior lucratividade e fluxo de caixa com novo patamar da commodity.

As ações de companhias do setor de petróleo registram fortes ganhos nesta terça-feira (8), acompanhando a valorização da commodity no mercado internacional. Sendo assim, o preço do barril tipo brent, referência global, voltou a ultrapassar o nível de US$ 70, o que anima investidores e favorece empresas brasileiras listadas na B3.

Por volta das 15h30, os papéis da Petrobras (PETR4) subiam 1,4%, negociados a R$ 32,50. Já as ações ordinárias (PETR3), com direito a voto, avançavam 2,4%, cotadas a R$ 35,73. Desse modo, a valorização reflete o otimismo com os novos patamares do petróleo e melhora o sentimento em relação ao setor.

Prio, Brava e Petroreconcavo também se beneficiam da alta

Outras empresas do setor também surfam o movimento positivo. A Prio (PRIO3), operadora de campos maduros, avançava 2,7%, para R$ 42,89. A Brava Energia (BRAV3), recém-chegada ao mercado, ganhava 2,8%, sendo negociada a R$ 18,19. A Petroreconcavo (RECV3) também acompanhava o movimento e subia 1,1%, cotada a R$ 14,62.

Sendo assim, esses ganhos refletem o impacto direto da cotação internacional do petróleo nas projeções de receita e lucro dessas empresas. Como boa parte da produção é voltada para exportação ou tem preço atrelado ao dólar, qualquer alta no brent tende a melhorar a rentabilidade operacional.

Além disso, o movimento favorece os papéis num momento em que o setor já vinha mostrando sinais de recuperação, mesmo diante de incertezas sobre os conflitos no Oriente Médio e os efeitos da desaceleração econômica global.

Petróleo reage após semanas pressionado por tensões geopolíticas

Nesta terça, o barril do tipo brent subia 0,8%, cotado a US$ 70,15. A commodity havia perdido esse nível no fim de junho, após o mercado digerir os riscos de conflito entre Estados Unidos e Irã. Com a estabilização das tensões e a recuperação da demanda asiática, os preços voltaram a subir.

Ademais, a oscilação dos preços do petróleo tem sido marcada por eventos geopolíticos. No fim de junho, os EUA atacaram instalações iranianas, o que inicialmente elevou os preços. No entanto, a ausência de retaliações relevantes esfriou as preocupações, e o barril recuou para abaixo dos US$ 70.

Nesse sentido, agora a expectativa é de que os preços encontrem um novo ponto de equilíbrio. Mesmo sem grandes cortes na produção da Opep+, a retomada da demanda por combustíveis nos países do sudeste asiático tem dado fôlego à commodity.

Petrobras se destaca com otimismo sobre dividendos e fluxo de caixa

A valorização da Petrobras nesta terça também reflete o otimismo crescente do mercado com a geração de caixa da companhia. Sendo assim, com o petróleo em alta, os investidores apostam na continuidade dos dividendos elevados e em uma gestão mais focada na eficiência operacional.

Além disso, analistas têm destacado que o nível atual do brent permite à Petrobras manter a lucratividade mesmo com o câmbio volátil e o controle de preços internos. Isso amplia o apelo das ações tanto para investidores locais quanto estrangeiros.

Desse modo, outro ponto relevante é que o setor de petróleo se beneficia da busca por proteção em ativos atrelados a commodities, especialmente em momentos de incerteza nos mercados globais. Por isso, os papéis ganham espaço em carteiras de fundos que antes priorizavam empresas de crescimento.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.