
- Produção da PRIO caiu 11,9% no 3T25, para 88,2 mil boepd
- Vendas subiram 8,2%, alcançando 8,8 milhões de barris
- Poço TBMT-6H voltou à operação, mas Peregrino segue com restrições
A PRIO (PRIO3) reportou queda de 11,9% na produção no terceiro trimestre de 2025, atingindo 88,2 mil barris de petróleo equivalentes diários (boepd). O resultado reflete problemas operacionais e paradas temporárias em plataformas.
Apesar disso, a companhia surpreendeu com avanço nas vendas de petróleo, que cresceram 8,2% e alcançaram 8,8 milhões de barris no período.
Produção em queda
No comparativo com o trimestre anterior, quando havia produzido 100,1 mil boepd, a empresa registrou desaceleração relevante. O desempenho foi afetado por restrições operacionais e auditorias.
O campo de Peregrino teve a produção prejudicada pela interdição temporária do FPSO, determinada após inspeção da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Mesmo com os ajustes, a PRIO reforçou que segue investindo em manutenção e eficiência para recuperar volumes futuros.
Vendas em alta
Enquanto a produção recuou, o volume de vendas aumentou. O crescimento de 8,2% em relação ao trimestre anterior elevou o total comercializado a 8,8 milhões de barris.
O destaque foi o cluster de Polvo e Tubarão Martelo, onde o poço TBMT-6H voltou a produzir em setembro, após conclusão de trabalhos de workover.
Esse retorno foi fundamental para compensar parte das perdas e manter o ritmo de comercialização em alta.
Perspectivas da companhia
Segundo analistas, o aumento das vendas mostra a capacidade da PRIO de equilibrar resultados mesmo em cenários de menor produção. O foco da empresa em estratégias comerciais e recuperação de poços tem sustentado o caixa.
A retomada do poço TBMT-6H deve contribuir para estabilizar a curva de produção no quarto trimestre. Entretanto, os efeitos da interdição em Peregrino ainda podem pesar.
Para investidores, os números mostram um contraste: enquanto a produção recua, a estratégia de vendas sustenta resultados no curto prazo.