
Os dados operacionais da Prio (PRIO3) em maio agradou o mercado. A produção total da petroleira atingiu 99,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), um avanço de cerca de 10% sobre o mês anterior.
Diante disso, o JPMorgan reiterou sua recomendação de compra para as ações da companhia, estabelecendo um preço-alvo de R$ 50,00, o que representa um potencial de valorização de 22,25% em relação ao último fechamento.
Segundo o banco, os dados operacionais de maio reforçam a tese de crescimento da Prio, especialmente após o campo de Frade registrar um expressivo aumento de 68,9% na produção em relação a abril.
Ainda que a produção esteja abaixo da expectativa recorrente (c.35kboed), o avanço é visto como um sinal claro de retomada, após a parada programada e a falha no sistema de compressão de gás que afetou o ramp-up do ativo.
A expectativa da empresa é de que os problemas técnicos sejam resolvidos nos próximos dias.
Pontos de atenção na Prio
Apesar do bom desempenho de Frade, o crescimento foi parcialmente compensado por quedas nos clusters Polvo + TBMT (-4%) e Albacora Leste (-2%). Peregrino, por sua vez, manteve estabilidade, com 39,6 mil boed.
Outro ponto de atenção foi a queda nas vendas, que recuaram 25% em maio, totalizando 2,3 milhões de barris (MMbbl).
Ainda assim, o JPMorgan se mantém confiante na tese da companhia, destacando como fator positivo a recente aprovação do IBAMA para operações de workover em Polvo e TBMT, com atividades já em curso por meio da sonda Hunter Queen.
Mesmo com a produção dos meses de abril e maio ficando 5,4% abaixo das estimativas trimestrais, o banco considera a trajetória de recuperação encorajadora e os desafios operacionais como “bem endereçados”.
A combinação entre estabilidade em Peregrino, recuperação em Frade e avanços nos clusters menores sustenta uma visão construtiva para os próximos trimestres.
“O mercado deve reagir de forma levemente positiva, reconhecendo o esforço da companhia em normalizar a produção e preparar o terreno para um segundo semestre mais robusto”, conclui o JPMorgan.