
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição da Prio (PRIO3) sobre uma participação adicional de 40% nos blocos BM-C-7 e BM-C-47, localizados na prolífica Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
Com a nova fatia, a petroleira brasileira não só duplicará sua participação nos ativos, passando a deter 80% dos blocos — atualmente pertencentes à gigante norueguesa Equinor — como também assumirá a operação dos campos de Peregrino e Pitangola.
O sinal verde do Cade foi publicado nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União (DOU), colocando fim a um dos trâmites regulatórios do negócio anunciado no início de maio e avaliado em impressionantes US$ 3,35 bilhões.
Movimento estratégico da Prio
A Prio justificou ao órgão antitruste que a operação está em total alinhamento com sua estratégia de geração de valor e expansão operacional, reforçando seu modelo de negócios focado em reativar e otimizar campos maduros.
Por outro lado, a Equinor também vê a transação como parte de um plano maior: a reorganização e otimização do seu portfólio internacional.
Em nota ao Cade, a companhia norueguesa afirmou que o desinvestimento está alinhado ao esforço global de alocar capital de forma eficiente, equilibrando aquisições e vendas de ativos estratégicos.
Competição? Sem preocupações, diz Cade
Do ponto de vista concorrencial, o Cade concluiu que a operação não representa risco ao ambiente competitivo brasileiro.
Isso porque há uma “limitada sobreposição horizontal” entre a Prio e os blocos adquiridos, com participações de mercado pequenas e sem potencial para concentração indevida.
Em outras palavras: o negócio muda o jogo para a Prio, mas não ameaça a pluralidade do mercado de produção de petróleo e gás natural no Brasil.