
- PRIO recebe licença do Ibama para interligar poços de Wahoo e iniciar obras submarinas.
- Bancos e corretoras projetam valorização com preços-alvo entre R$ 48 e R$ 70.
- Primeiro óleo previsto para 2026 pode elevar produção em até 40 mil barris/dia.
A PRIO (PRIO3) recebeu do Ibama a licença de instalação para interligar os poços do campo de Wahoo ao FPSO Frade. Assim, a aprovação abre caminho para o início imediato das obras submarinas. A companhia já contratou a embarcação responsável pelo lançamento da linha rígida, prevista para chegar em outubro.
A notícia foi bem recebida pelo mercado: logo na abertura desta terça-feira (16), as ações da PRIO subiam 2,0%, cotadas a R$ 38,73, refletindo o otimismo dos investidores com o avanço do projeto.
Bancos e corretoras reagem ao anúncio
O Goldman Sachs classificou o licenciamento como positivo, destacando que o evento aumenta a visibilidade sobre o cronograma do primeiro óleo e reduz riscos de atrasos. Ainda assim, o banco manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 48,10, citando projeções mais baixas para o petróleo no longo prazo.
Já a Genial Investimentos reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 69, destacando que a PRIO negocia a múltiplos atraentes, com EV/EBITDA de apenas 2x para 2026.
Por fim, o JPMorgan também reforçou visão positiva, mantendo classificação overweight e alvo em R$ 53.
Visibilidade maior para o crescimento
Na mesma linha, o Itaú BBA avaliou que a licença é um marco crucial para destravar o valor de Wahoo, prevendo início da produção em abril de 2026 com quatro poços totalizando 40 mil barris por dia.
Além disso, o banco reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 62.
Desse modo, o Morgan Stanley calculou que Wahoo representa R$ 19,8 por ação no valuation, equivalente a 21% do valor de mercado estimado para a PRIO, mantendo recomendação de compra e preço-alvo de R$ 63,50.
PRIO segue favorita no setor
A XP Investimentos destacou que a concessão da licença atua como catalisador positivo para a tese da companhia. A análise reforça a PRIO como favorita no setor de petróleo e gás.
Ademais, a corretora vê o projeto como passo essencial para destravar valor e sustentar crescimento de caixa nos próximos anos.
A Benndorf Research manteve a ação como top pick, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 70. Portanto, o valor representa potencial de alta de 84% em relação ao último fechamento.