
- Produção da PRIO caiu 9% em agosto, afetada por paradas em Tubarão Martelo e Peregrino
- Vendas saltaram 219% no comparativo anual, totalizando 3,05 milhões de barris
- Empresa projeta comercializar 10 milhões de barris no 3T25, alta de 53% frente ao trimestre anterior
A PRIO (PRIO3) divulgou nesta quinta-feira (4) seus dados operacionais de agosto e surpreendeu o mercado com números mistos. A produção caiu 9% em relação a julho, somando 91,9 mil barris por dia, mas segue 28% acima do registrado no mesmo mês do ano passado.
Apesar da queda no ritmo de produção, as vendas mostraram força: foram 3,05 milhões de barris no mês, um salto de 219% na comparação anual. A performance coloca a empresa em posição de recuperar parte do fôlego perdido ao longo do trimestre.
Paradas e impactos na produção
O recuo mensal na produção ocorreu por dois fatores-chave. Um deles foi a parada em um dos poços de Tubarão Martelo, que já está em reparo e deve ser retomado até o fim de setembro.
Além disso, a interdição temporária do FPSO de Peregrino pesou sobre os resultados. Assim, a PRIO vem auxiliando a norueguesa Equinor, operadora do campo, a atender exigências regulatórias impostas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). O prazo de regularização varia de três a seis semanas, sendo que já se passaram duas semanas e meia.
Desse modo, esses eventos explicam a desaceleração momentânea da produção, mas o mercado projeta que os impactos sejam temporários e que o ritmo volte à normalidade ainda neste trimestre.
Vendas explodem no comparativo anual
Se a produção decepcionou, as vendas vieram muito acima da média histórica. A PRIO movimentou 3,05 milhões de barris em agosto, resultado 219% maior do que em agosto de 2024.
Além disso, esse avanço expressivo reflete uma estratégia comercial mais agressiva, aproveitando o momento de maior demanda internacional e preços relativamente favoráveis. Com isso, a companhia mostra resiliência em manter caixa forte mesmo diante das paradas técnicas.
Por fim, o dado reforça a expectativa de que a empresa consiga entregar números robustos no balanço do 3º trimestre, fortalecendo sua imagem junto a investidores.
Projeções para o 3º trimestre
A PRIO já sinalizou ao mercado que pretende vender cerca de 10 milhões de barris no 3T25, dependendo do comportamento do preço do petróleo. Caso confirme esse volume, a companhia terá uma alta de aproximadamente 53% no comparativo trimestral.
Esse desempenho deve impulsionar os resultados financeiros da empresa, permitindo uma retomada consistente no crescimento do lucro e na geração de caixa.
Ademais, a perspectiva positiva é vista por analistas como catalisador para as ações da PRIO, que buscam manter competitividade em um setor pressionado por volatilidade global.
O cenário, portanto, indica que agosto foi um mês de ajustes operacionais, mas com sinais de que a companhia segue no caminho certo para expandir resultados.