Perspectivas positivas

PRIO (PRIO3) sofre queda de 11,9% na produção, mas analistas mantêm confiança

Paralisação em Peregrino já estava no radar e bancos seguem projetando recuperação da petroleira.

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PRIO (PRIO3) sofre queda de 11,9% na produção, mas analistas mantêm confiança
  • PRIO reduziu produção em 11,9% no 3º trimestre, mas número ficou dentro do previsto.
  • Analistas do Itaú BBA, JPMorgan e Goldman Sachs seguem otimistas e veem retomada em outubro.
  • Principais riscos seguem ligados ao preço do Brent, ao câmbio e às licenças da ANP.

A PRIO (PRIO3) reportou uma queda de 11,9% na produção no terceiro trimestre de 2025, totalizando 88,2 mil barris por dia (boepd). O número ficou abaixo dos 100 mil boepd registrados no trimestre anterior.

Apesar do recuo, analistas de Itaú BBA, JPMorgan e Goldman Sachs destacam que a interrupção já estava prevista e não altera as perspectivas positivas para a empresa. As ações da petroleira caíam 0,63% às 16h10, cotadas a R$ 37,80.

O que afetou a produção

A queda veio após a Agência Nacional do Petróleo (ANP) determinar a suspensão temporária do campo de Peregrino, por motivos de segurança ligados ao FPSO da região. A paralisação ocorreu em setembro e reduziu o volume total produzido.

Além disso, o Itaú BBA destacou que houve falha em um compressor no campo de Albacora Leste, o que derrubou a produção do mês para 24 mil boepd.

Mesmo assim, os analistas avaliam que o cenário deve melhorar em outubro, quando os campos parados voltarem a operar normalmente.

Visão dos bancos

O JPMorgan considerou os números em linha com suas estimativas, citando inclusive que o volume superou a projeção interna de 87,4 mil boepd. O banco ressaltou também os offtakes de 7,4 milhões de barris, superando em 11,1% o esperado.

No Itaú BBA, o destaque negativo foi a ausência de Peregrino em setembro. Porém, o banco mantém otimismo e projeta preço-alvo de R$ 62 por ação até o fim de 2025.

Já o Goldman Sachs afirmou que a queda já estava sinalizada nos dados de alta frequência da ANP. A instituição mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 47,50 em 12 meses.

Riscos no radar

Embora o mercado não tenha reagido de forma negativa à prévia, analistas apontam riscos externos que seguem no horizonte da companhia. Entre eles, estão as variações do petróleo Brent, do câmbio real/dólar e da emissão de licenças operacionais.

A avaliação geral, contudo, é de que a PRIO mantém fundamentos sólidos e capacidade de recuperação rápida. O cluster Polvo e Tubarão Martelo, por exemplo, apresentou desempenho positivo no trimestre, com avanço de 8,8% após manutenção do poço TBMT-6H.

Assim, estrategistas reforçam que o episódio reflete mais uma pausa técnica do que um problema estrutural para a petroleira.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.