
- Lucro da PRIO cresceu 2.200% em cinco anos, com margens acima de 70%.
- Campo de Wahoo deve dobrar a produção até 2026 e ampliar o fluxo de caixa.
- Ação tem potencial de alta de até 320%, segundo estimativas de valuation.
A PRIO (PRIO3) está novamente no centro das atenções da Bolsa. A petroleira independente viu seus lucros saltarem mais de 2.200% entre 2020 e 2025, alcançando R$ 10,6 bilhões, segundo estimativas de mercado. O desempenho a transformou em uma das empresas de crescimento mais acelerado do país, superando gigantes listadas no Ibovespa.
Mesmo com esse avanço impressionante, analistas apontam que o mercado ainda não precificou todo o potencial. As ações, hoje na faixa dos R$ 38, poderiam valer até R$ 160, considerando as margens operacionais e o plano de expansão do campo de Wahoo, aprovado recentemente pelo Ibama.
Lucros 20 vezes maiores e margens acima de 70%
De acordo com dados financeiros públicos, o lucro líquido da PRIO passou de R$ 452 milhões em 2020 para R$ 10,6 bilhões em 2025, crescimento de 2.243%.
Ademais, o salto foi impulsionado por aumento de produção, corte de custos e reinvestimento integral dos lucros, sem distribuição de dividendos.
A companhia opera com margens líquidas superiores a 70%, uma das mais altas da B3. Portanto, essa estratégia, reinvestir 100% do lucro em novos projetos, fortaleceu o caixa e reduziu a dependência de capital externo, permitindo expansão sustentável mesmo com o petróleo oscilando perto dos US$ 64 por barril.
Campo Wahoo pode dobrar produção até 2026
O campo de Wahoo é o novo motor de crescimento da companhia. Sendo assim, o projeto prevê 11 poços submarinos, integrados à infraestrutura existente, o que reduz custos e impacto ambiental.
Além disso, a expectativa é que a produção cresça em até 40 mil barris por dia, praticamente dobrando a capacidade atual da empresa.
O navio de instalação das linhas já foi contratado e deve chegar ao país em outubro de 2025, com início de extração previsto para março de 2026.
Desse modo, essa operação colocará a PRIO em outro patamar de escala, aproximando-a ainda mais da Petrobras no mercado doméstico.
Valuation atrativo e fundamentos sólidos
Mesmo após ajustes por ganhos não recorrentes, como créditos tributários de 2024, a empresa apresenta indicadores de peso:
- ROE: cerca de 40%, muito acima da média do setor;
- P/L ajustado: entre 3x e 4x, abaixo de petroleiras globais;
- EV/EBITDA: inferior à média de concorrentes;
- P/VPA: abaixo de 2x, mostrando forte desconto de mercado.
Além disso, a dívida líquida representa apenas 2x o EBITDA, com amortizações concentradas para 2026 e 2027, período em que o fluxo de caixa tende a aumentar significativamente com Wahoo.
PRIO3 lidera entre as ações que superam o Ibovespa
Em termos de desempenho, a PRIO3 é destaque absoluto nas últimas décadas.
Nos últimos 5 anos, o papel valorizou 623,9%, ficando entre as 10 ações que mais superaram o Ibovespa, segundo levantamento da Economatica.
Em um horizonte de 10 anos, o retorno acumulado chega a 8.592,9%, com uma vantagem de 8.442 pontos percentuais sobre o índice, a maior entre todas as companhias listadas.
Esse desempenho coloca a PRIO ao lado de ações históricas como Marfrig (MRFG3), Sabesp (SBSP3), Copel (CPLE6) e Equatorial (EQTL3), que também entregaram retornos acima da média do mercado em períodos prolongados.