Reestruturação interna

Processo de transição inesperado faz ações de petroleira despencarem

Saída de executivos e fusão de cargos prometem reduzir custos e simplificar a gestão, mas papéis despencma após anúncio.

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  • Brava anuncia reestruturação e saída de dois diretores.
  • Décio Oddone assume interinamente as finanças e novos negócios.
  • XP, JPMorgan e BBI avaliam que a medida busca enxugar custos e simplificar a estrutura.

A Brava (BRAV3) surpreendeu o mercado nesta terça-feira (21) ao anunciar uma reestruturação interna que elimina um cargo de diretoria. A medida vem acompanhada das saídas simultâneas de Rodrigo Pizarro, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, e Pedro Medeiros, Diretor de Novos Negócios, Trading e Downstream.

Segundo comunicado, ambos participarão da transição nas próximas semanas, enquanto o CEO Décio Oddone assume temporariamente as funções de Finanças e Novos Negócios. No pregão das 10h45, as ações da Brava caíam 3,91%, cotadas a R$ 14,49, refletindo a reação imediata dos investidores.

Reestruturação e novos comandos

A companhia informou que vai contratar um novo Diretor Financeiro, que também ficará responsável por Relações com Investidores e Trading. Já Jorge Boeri, Diretor de Operações Onshore, passará a liderar o downstream.

As mudanças, segundo a Brava, têm como objetivosimplificar processos, fortalecer a governança e aumentar a integração entre áreas”.

A XP Investimentos afirmou em relatório que não esperava a reestruturação, mas avaliou o movimento como positivo para eficiência e redução de custos.

Apesar disso, o banco alertou que a ausência de substitutos imediatos tende a pressionar as ações até o anúncio do novo CFO.

Reação do mercado e visão dos analistas

O JPMorgan atribuiu as mudanças ao novo acordo de acionistas firmado em agosto entre Jive, Yellowstone e Queiroz Galvão, negando qualquer relação com resultados financeiros.

Além disso, o banco manteve recomendação de compra para BRAV3 e o preço-alvo de R$ 26.

Na mesma linha, o Bradesco BBI afirmou que as demissões foram “inesperadas, mas naturais”, considerando a nova estrutura de controle.

Portanto, para os analistas, a transição reforça a estratégia de redução de custos e o foco em governança corporativa.

Impacto e próximos passos

A saída de dois executivos experientes ocorre em um momento de reorganização profunda da companhia.

O mercado, porém, espera sinais mais concretos de como a empresa pretende sustentar o crescimento operacional após a mudança.

Ademais, segundo o BBI, a reestruturação “marca o fim de um ciclo e o início de uma gestão mais enxuta”.

Por fim, a expectativa é que a Brava divulgue o novo CFO nas próximas semanas, consolidando o plano de eficiência.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.