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Queda no lucro não assusta: Vibra acelera com eficiência histórica

Apesar da queda nos ganhos, Vibra supera expectativas e registra salto de 43% no Ebitda e o foco em eficiência sustenta otimismo.

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Queda no lucro não assusta: Vibra acelera com eficiência histórica
  • Lucro líquido cai 23,8%, mas supera previsões do mercado financeiro
  • Ebitda ajustado salta 43% com foco em eficiência e gestão comercial
  • Energias renováveis ganham espaço com alta de 15% no Ebitda do segmento

A Vibra Energia (VBBR3), antiga BR Distribuidora e uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, divulgou nesta terça-feira (7) seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025.

A companhia registrou um lucro líquido de R$ 601 milhões entre janeiro e março, uma queda de 23,8% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar da retração, o resultado surpreendeu o mercado, que esperava um lucro menor, estimado em R$ 501 milhões segundo a LSEG.

O que mais chamou atenção, no entanto, foi o desempenho operacional da empresa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da Vibra saltou 43,6% na comparação anual, atingindo R$ 2 bilhões.

Esse resultado expressivo evidenciou o impacto direto das estratégias adotadas pela empresa para melhorar sua eficiência operacional e sua gestão comercial.

Operações

No segmento de Distribuição, que abrange a operação de sua vasta rede de postos de combustíveis e o atendimento ao mercado B2B, o Ebitda ajustado chegou a R$ 1,8 bilhão. Isso representa um crescimento robusto de 28,5% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

A margem Ebitda ajustada por metro cúbico comercializado subiu 31,4%, alcançando R$ 215. Esse desempenho reforça o efeito das medidas de racionalização de custos e ganhos de produtividade adotadas pela companhia nos últimos trimestres.

A Vibra também avançou no setor de energias renováveis, área estratégica para seu futuro. A receita líquida desse segmento atingiu R$ 1,2 bilhão no trimestre, enquanto o Ebitda @stake (indicador que reflete o resultado proporcional nas participações) somou R$ 268 milhões, com alta de 15,1% frente ao primeiro trimestre de 2024. O crescimento reforça o compromisso da empresa com a diversificação energética e a transição para fontes mais limpas.

A dívida líquida da Vibra encerrou o trimestre em R$ 20,5 bilhões, equivalente a 1,8 vez o Ebitda ajustado acumulado dos últimos doze meses.

O índice está dentro de uma faixa considerada saudável pelo mercado. Dessa forma, sinalizando que a empresa mantém um bom controle sobre sua alavancagem financeira, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.

Posição estratégica

Atualmente, a Vibra ocupa uma posição estratégica no setor de energia brasileiro. Com mais de 8 mil postos de combustíveis espalhados pelo país e atuação relevante no fornecimento de soluções energéticas para empresas, a companhia tem se esforçado para reposicionar sua imagem como uma empresa multienergética.

Além de combustível fóssil, ela também investe em soluções de energia solar, eólica e biocombustíveis. Assim, refletindo uma tendência global de descarbonização e inovação no setor.

Apesar da queda no lucro líquido, a forte melhora no Ebitda e os avanços na área de energias renováveis mostram que a Vibra está colhendo frutos de sua estratégia de longo prazo.

O mercado, que inicialmente reagiu com cautela à queda nos lucros, agora enxerga com bons olhos os sinais de recuperação operacional. Além do reposicionamento estratégico da companhia.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.