
- Itaú (ITUB4) lidera com tendência de alta, mas entra em zona de sobrecompra e pode realizar lucros
- Bradesco (BBDC4) testa resistência e pode romper faixa de consolidação com alvos mais altos
- Banco do Brasil (BBAS3) sofre correção após queda no lucro e acende alerta de queda adicional
O mês de maio expõe uma verdadeira disputa entre os gigantes do setor bancário na Bolsa brasileira. Depois de um início de ano em alta, as ações do Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) seguem por trilhas técnicas diferentes e colocam investidores diante de decisões difíceis: seguir o líder, apostar em retomadas ou evitar riscos de correção?
O destaque do momento é o Itaú, cujas ações continuam renovando topos e acumulam uma impressionante valorização de 42,24% em 2025. Contudo, sendo 6,57% somente neste mês de maio. O movimento é sustentado por um primeiro trimestre com lucro acima das expectativas e uma tendência técnica de alta consistente.
No gráfico semanal, ITUB4 se mantém acima das médias móveis, o que sinaliza força compradora. Porém, o afastamento das médias e um IFR (Índice de Força Relativa) em 79,18 indicam que o ativo pode estar em sobrecompra. Dessa forma, alerta de que uma realização parcial de lucros pode ocorrer.
Para que a trajetória ascendente continue, será necessário romper a resistência nos R$ 38,00. Caso isso ocorra, os próximos alvos técnicos ficam em R$ 38,65 e R$ 39,85, podendo chegar a R$ 42,60. Por outro lado, uma queda abaixo de R$ 36,25 pode desencadear uma correção com suportes em R$ 34,38 e R$ 32,25.
Zona de consolidação
Enquanto o Itaú lidera, o Bradesco segue numa zona de consolidação. BBDC4 se movimenta lateralmente entre os R$ 10,66 e R$ 15,58. Porém, os papéis ganharam força após tocarem o piso desse intervalo e já acumulam alta de 12,30% em maio.
No ano, a valorização chega a 36,76%. Se romper a resistência de R$ 15,58, os analistas projetam novos patamares em R$ 17,10 e R$ 17,90, podendo atingir até R$ 21,91 no longo prazo. Mas se falhar, uma correção pode levar o papel novamente aos R$ 13,79 e até ao piso de R$ 10,66.
O Banco do Brasil, por sua vez, enfrenta o momento mais delicado entre os três. Após divulgar um lucro líquido ajustado 20,7% menor no primeiro trimestre, BBAS3 sofreu forte correção. A pressão vendedora empurrou o papel para baixo das médias móveis de 9 e 21 períodos no gráfico semanal.
Se o suporte entre R$ 25,02 e R$ 24,40 for perdido, os próximos alvos são ainda mais baixos: R$ 23,20 e R$ 22,18, com possível queda até R$ 20,09. Para voltar a subir, BBAS3 precisaria romper resistências em R$ 26,95 e R$ 27,92, mirando o topo anterior em R$ 30,04.
Com três trajetórias tão distintas, os bancos oferecem um cardápio variado para investidores: de crescimento consistente a recuperação potencial e risco elevado.
Enquanto o Itaú se mantém como aposta segura para quem busca continuidade na tendência de alta, Bradesco atrai os que acreditam em rompimentos e valorização futura. Já o Banco do Brasil, embora barato, representa uma aposta arriscada, exigindo atenção redobrada aos sinais técnicos.
A guerra dos bancos está oficialmente aberta na Bolsa — e cada movimento conta.