Líderes em proventos

Ranking explosivo: veja quais empresas despejaram bilhões em dividendos em 2025

Levantamento revela concentração extrema nos pagamentos e mostra Petrobras, Itaú e Vale no topo com cifras bilionárias.

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Acoes de Dividendos que pagam o triplo da Selic
Acoes de Dividendos que pagam o triplo da Selic
  • Petrobras, Itaú, Vale e Ambev lideram com pagamentos bilionários
  • 13 empresas pagaram R$ 158,8 bilhões em dividendos até setembro
  • Bancos e commodities dominam o ranking de distribuição

O mercado acionário viveu mais um ano de cifras gigantescas em dividendos e JCP, com apenas 13 empresas distribuindo mais de R$ 3 bilhões até setembro. O levantamento da Elos Ayta indica que bancos e companhias de commodities dominaram o topo da lista, reforçando a força desses setores.

O destaque ficou para Petrobras (PETR4), Itaú Unibanco (ITUB4), Vale (VALE3) e Ambev (ABEV3), que, juntas, entregaram montantes que ultrapassam de longe a média dos últimos anos. Conforme os dados, esse grupo sustentou o avanço da remuneração aos acionistas mesmo diante do ambiente econômico desafiador.

Setor financeiro domina os pagamentos

Os números mostram que as 13 maiores pagadoras desembolsaram R$ 158,8 bilhões até setembro, alta de 3,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Esse volume representa 71,5% de todo o valor distribuído por 308 empresas da B3 no período. A concentração segue elevada, embora levemente menor que a registrada no ano passado, quando atingiu 73,2%.

A liderança da lista é marcada por empresas já conhecidas pelo alto nível de geração de caixa. A Petrobras (PETR4) pagou R$ 37,3 bilhões, seguida pelo Itaú Unibanco (ITUB4), com R$ 28,2 bilhões, pela Vale (VALE3), com R$ 19,4 bilhões, e pela Ambev (ABEV3), com R$ 10,8 bilhões. Em seguida, aparecem Itaúsa (ITSA4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).

Além disso, cinco das 13 empresas são bancos. Outras duas, Itaúsa e BB Seguridade (BBSE3), estão diretamente ligadas ao setor financeiro, o que amplia ainda mais o peso do segmento no ranking. A combinação reforça o padrão histórico de alta previsibilidade operacional e estabilidade na geração de caixa.

Commodities e energia seguem fortes

As companhias ligadas a commodities também mantiveram um papel relevante nos pagamentos. Petrobras, Vale e Marfrig (MRFG3) responderam por cifras bilionárias e sustentaram boa parte do total distribuído. A Weg (WEGE3) e a Ambev, únicas representantes industriais, também mantiveram consistência em suas políticas de remuneração.

Os especialistas avaliam que o perfil dos setores presentes no ranking demonstra a resiliência desses modelos de negócio. Segundo o estudo, empresas com caixa robusto e maior previsibilidade tendem a atravessar ciclos de juros altos sem alterar o plano de distribuição. Isso explica a permanência de bancos, energia e bebidas na lista.

Outro destaque é a Axia Energia (AXIA3), que desembolsou mais de R$ 1 bilhão por trimestre, assim como Petrobras, Ambev, Bradesco, Banco do Brasil e Santander Brasil (SANB3). Esse movimento indica uma performance sólida na geração de caixa ao longo do ano.

Pagamentos bilionários aceleram no 3º trimestre

O levantamento também mostra que os dividendos distribuídos pelas 308 empresas da bolsa atingiram R$ 222,2 bilhões em 2025, um crescimento de 6,3% em relação ao ano anterior. Esse avanço reforça a força dos setores tradicionais e o interesse crescente dos investidores na renda passiva.

No terceiro trimestre, o valor total pago alcançou R$ 71,5 bilhões, crescimento de 22,4% sobre o mesmo período do ano passado. Excluindo a Petrobras, o total cai para R$ 60,5 bilhões, o que ainda representa uma alta de 32,4%. Os dados indicam que, mesmo sem a estatal, o ritmo de distribuição segue acelerado.

Por fim, o relatório destaca que o padrão de pagamentos observados em 2025 repete um comportamento recorrente no mercado brasileiro: maior presença de setores perenes, como bancos, energia e bebidas, combinados com commodities que respondem bem a ciclos globais mais favoráveis.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.