
- RD Saúde (RADL3) projeta forte expansão em 2026 com abertura de até 350 lojas
- Bancos destacam execução sólida e revisam projeções de preço-alvo para cima
- GLP-1 e marcas próprias ganham peso e sustentam margens mais altas, segundo analistas
A RD Saúde (RADL3) movimentou o mercado após o Investor Day, apresentando projeções mais agressivas para 2026. A rede pretende acelerar aberturas, reforçar presença em categorias estratégicas e consolidar ganhos operacionais. Assim, analistas interpretaram o evento como positivo para o novo ciclo de crescimento.
O encontro mostrou que a companhia vê espaço relevante para ampliar margens e capturar oportunidades em GLP-1, HPC e marcas próprias, setores que seguem em forte expansão. Embora o ambiente competitivo exija atenção, bancos destacaram que o momento operacional melhorou.
Expansão acelerada e foco em segmentos de maior margem
A RD planeja abrir 330 a 350 lojas em 2026, movimento que reforça sua estratégia de escala. Além disso, a empresa quer ampliar a presença em HPC, com lojas redesenhadas e maior sortimento, o que tende a fortalecer margens.
A companhia também vê grande potencial em marcas próprias, principalmente em OTC, onde deve aproveitar uma janela regulatória a partir de 2026. Bancos afirmam que a RD está posicionada para capturar essa expansão devido à tecnologia, capilaridade e alto nível de satisfação do cliente.
De acordo com análises, o avanço deve melhorar a alavancagem de despesas e diluir investimentos, mantendo rentabilidade em alta. Executivos sinalizaram confiança no ritmo de crescimento mesmo diante da maior concorrência.
GLP-1 segue como pilar estratégico e diferencial competitivo
O medicamento GLP-1 virou um dos focos do evento. A RD já detém mais de 30% do mercado, bem acima dos cerca de 16% da fatia farmacêutica geral. Essa liderança, portanto, coloca a empresa na frente de possíveis mudanças regulatórias.

Analistas veem espaço para expansão relevante com o vencimento de patentes em 2026, o que deve aumentar volumes, novos lançamentos e acesso. A companhia reforçou que estabilizou estoques para atender às dosagens atuais e às futuras.
O Itaú BBA destaca que o posicionamento forte em GLP-1 tende a sustentar margens, enquanto o BTG vê esse segmento como um dos maiores catalisadores de resultados no curto prazo.
Bancos elevam projeções e destacam execução consistente
O BTG reforçou a RD como uma tese de retornos compostos, apoiada em escala nacional, omnicanalidade e logística avançada. O banco destacou que a taxa interna de retorno das lojas ultrapassa 25%, sustentada por eficiência operacional e expansão disciplinada.
Apesar da concorrência intensa em higiene e beleza, o momento parece mais equilibrado, segundo analistas. A companhia deve se beneficiar de maior participação nessas categorias e margens mais robustas.
O Bradesco BBI elevou o preço-alvo de R$ 24 para R$ 26, citando ganhos de margem e perspectivas favoráveis para genéricos de semaglutida a partir de 2027. Já o BBA manteve posição neutra, mas reconheceu que o cenário é positivo no curto prazo.