Fluxo em alta

Relatórios destacam tráfego forte na Ecorodovias, Brasil em foco global e estratégia da Opep+

Dados indicam tendência positiva em concessões rodoviárias, fluxo crescente para emergentes e Brent estabilizado em US$ 65–70.

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  • Ecorodovias (ECOR3): tráfego mostra resiliência e deve seguir positivo com exportações agrícolas.
  • Fluxos para Brasil: bancos e construtoras lideram interesse de estrangeiros; papéis defensivos como Sabesp e Vivo ganham relevância para carteiras de dividendos.
  • Energia: Brent estabilizado garante caixa para E&Ps, mas limita upside de preço em Petrobras devido ao alto capex e incertezas estratégicas.

A Ecorodovias (ECOR3) reportou crescimento de 3,3% YoY no tráfego em agosto. O destaque ficou para a Ecovias Minas Goiás, com avanço de 10,8%, enquanto a Ecovias Araguaia caiu 1,4% e a Ecovias Raposo Castello apresentou estabilidade (-1% MoM).

Analistas veem os números como sólidos, sustentados pela expectativa de maior fluxo de grãos para exportação no segundo semestre de 2025, o que tende a manter a tendência positiva para a companhia.

Equity Strategy Insights: Brasil segue no radar internacional

Investidores da Europa e Ásia mantêm visão construtiva sobre o Brasil, com posições de neutro a overweight. O apetite por emergentes cresce, com expectativa de aceleração dos fluxos entre o fim de 2025 e início de 2026.

  • Bancos: Itaú segue como case essencial (ROE via digitalização); Bradesco atrai mas depende de execução; Banco Inter é visto como “Nubank disciplinado”; Nubank ganha pontos por tecnologia e operação no México. Banco do Brasil divide opiniões: barato, mas exposto a riscos de ativos.
  • Consumo/saúde: C&A e Rede D’Or bem avaliadas; SmartFit ainda encontra resistência.
  • Construtoras: preferência por Direcional e Cury, enquanto Cyrela é destaque por valuation.
  • Defensivas: Sabesp e Vivo são vistas como plays de eficiência e dividendos visíveis.
  • Materiais: Petrobras perde atratividade (capex alto, petróleo mais fraco), enquanto Suzano é destaque pelo hedge cambial. Aura Minerals ganha atenção pelo ouro.

No cenário macro, o consenso aponta desaceleração em 2026, com menor contribuição do agro e dos investimentos. Cortes de juros devem começar apenas em 2026, embora parte do mercado já defenda flexibilização em dezembro de 2025. O déficit fiscal segue como fraqueza estrutural.

LatAm Energy — Opep+ amplia produção

A Opep+ confirmou aumento de +137 mil barris/dia em outubro, priorizando participação de mercado em vez de preços.

Nesse sentido, Arábia Saudita e Rússia lideram os ganhos, com +42 kbpd cada.

Por fim, a estratégia deve manter o Brent entre US$ 65 e US$ 70 por barril, patamar ainda suficiente para garantir fluxo de caixa robusto às petroleiras da América Latina, incluindo Petrobras, Ecopetrol e produtoras independentes regionais.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.