Resultados no 2° tri

Resultado do Banco do Brasil (BBAS3) acende alerta e muda o jogo da temporada

Lucro ajustado cai 60% e fica em R$ 3,8 bilhões no 2º tri, abaixo do consenso de R$ 4,99 bilhões, encerrando a rodada dos grandes bancos.

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transferencia internacional banco do brasil
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  • Lucro ajustado do Banco do Brasil cai 60% no 2º tri e fica abaixo do consenso do mercado
  • Investidores miram provisões margem com clientes e eficiência para entender a recorrência
  • Guidance e cenário de juros definem expectativas para os próximos resultados do banco

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no 2º trimestre de 2025, baixa de 60% na comparação anual. O número frustrou o consenso da LSEG, que apontava R$ 4,99 bilhões.

Além disso, no agregado semestral, o lucro recuou 40,7% frente a 2024, passando de R$ 18,8 bilhões para R$ 11,2 bilhões em 2025. Assim, o banco fechou a temporada com um resultado mais fraco que o esperado.

Como ficou o trimestre

O dado consolidado mostrou piora relevante na última linha e reforçou a cautela do mercado. Ainda assim, o banco encerrou o período com resultado positivo, mesmo que menor.

Portanto, a comparação anual mais dura pesou na leitura de tendência. Porém, a base elevada do ano passado também ampliou o efeito estatístico.

No curto prazo, investidores tendem a reavaliar projeções de margem, custo de crédito e eficiência. Desse modo, os próximos trimestres ganham peso extra para confirmar direção.

O que o mercado vai checar

Primeiro, analistas devem olhar provisões para devedores duvidosos e inadimplência. Afinal, esses itens explicam boa parte das oscilações do lucro bancário.

Além disso, a margem financeira com clientes e o desempenho de tarifas costumam indicar a força do core bancário. Assim, a dinâmica comercial ajuda a entender a recorrência.

Por fim, despesas operacionais e disciplina de custos entram no radar. Entretanto, choques pontuais podem distorcer a comparação e exigem leitura linha a linha.

O que fica no radar adiante

Agora, a atenção se volta ao guidance e aos comentários da administração. Portanto, qualquer ajuste de metas pode recalibrar o preço-alvo do papel.

Além disso, o cenário de juros e atividade influencia demanda por crédito e custo de captação. Assim, a curva local segue determinante para o spread.

Por outro lado, eventuais iniciativas de capital, tecnologia e cobrança podem suavizar pressões. Desse modo, a execução vira protagonista nos próximos meses.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.