
- Camil (CAML3) com preço-alvo de R$ 8 e potencial de 63,6%, segundo BTG Pactual.
- Receita de R$ 3 bi e Ebitda de R$ 243 mi surpreendem, apesar da margem de 8,1%.
- Riscos: dívida atrelada ao CDI e preços do arroz ainda pressionam o lucro.
A Camil (CAML3) pode subir 63,6% em 12 meses, segundo o BTG Pactual, que definiu preço-alvo de R$ 8 ante o fechamento a R$ 4,89. O banco aponta receitas mais fortes e avanço gradual das margens.
No 2º tri fiscal de 2025, a empresa lucrou R$ 78,7 milhões, queda anual de 33,7%. Ainda assim, a leitura dos analistas é de melhora sequencial, com destaque para a resiliência no Brasil.
Resultados e tese do BTG
A receita líquida atingiu R$ 3 bilhões, cerca de 10% acima do esperado pelo banco. Ebitda somou R$ 243 milhões, com margem de 8,1%. Assim, o desempenho doméstico compensou a lucratividade mais fraca no exterior.
Segundo o relatório, os números superaram as projeções. Além disso, a queda do custo do açúcar ajudou a recompor parte das margens no Brasil.
Os analistas citam portfólio diversificado e marcas líderes. Portanto, o caso de investimento permanece ancorado em recuperação operacional e ganho de eficiência.
Riscos em foco
O banco alerta para alavancagem ainda elevada. Parte relevante da dívida segue atrelada ao CDI, o que pressiona o caixa em ciclos de juros altos.
Além disso, a queda nos preços do arroz limita expansão do lucro no curto prazo. No mercado internacional, o desempenho no Peru segue abaixo do ideal.
Mesmo assim, a equipe vê estabilização gradual. Porém, recomenda cautela tática até que as margens externas normalizem.
Perspectivas e recomendação
O BTG Pactual mantém recomendação de compra para CAML3. A precificação atual embute assimetria favorável, segundo o relatório.
A expectativa é de recuperação de margens nos próximos trimestres. Além disso, categorias ainda abaixo da capacidade podem destravar volume e diluição de custos.
Por fim, melhoras operacionais tendem a sustentar rerating se o fluxo de caixa avançar. Com isso, o alvo em R$ 8 permanece.