Alta valorização

Small Caps disparam em 2025 e deixam Ibovespa para trás: lucros de até 179%

Índice SMLL já acumula alta de 21,36% no ano, contra 14,75% do Ibovespa, impulsionado por setores domésticos e aposta em cortes da Selic.

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  • Small Caps acumulam alta de 21,36% em 2025, contra 14,75% do Ibovespa
  • Cogna, Moura Dubeux e Serena Energia lideram ganhos, com valorização de até 179%
  • Azul, Recrusul e Viveo estão entre as maiores quedas do índice no ano

Enquanto o Ibovespa sobe 14,75% em 2025, o Índice Small Cap (SMLL), que reúne empresas de menor valor de mercado, já acumula valorização de 21,36% no ano. A performance mais forte reflete a resiliência de companhias voltadas ao mercado interno e o apetite de investidores em busca de papéis descontados.

A análise mostra que, mesmo em meio a guerras internacionais, tarifas impostas pelos EUA e preocupações fiscais no Brasil, as Small Caps conseguiram superar as turbulências e entregar ganhos expressivos. O destaque vai para empresas dos setores de educação, imobiliário e energia renovável.

Por que o Small Cap sobe mais?

Um dos principais fatores é a menor exposição das Small Caps ao mercado externo. Diferente das gigantes listadas no Ibovespa, essas empresas têm foco em setores domésticos como varejo, saúde, educação e serviços, menos afetados por oscilações globais.

Além disso, quando resultados melhoram, companhias menores conseguem registrar valorizações percentuais mais aceleradas, já que partem de bases de preço mais baixas. Essa dinâmica gera retornos expressivos em prazos curtos.

Desse modo, o cenário de inflação em queda e a expectativa de cortes na Selic ao longo do ano também ajudam a destravar o potencial desses ativos, tornando-os atrativos para investidores em busca de diversificação e maior rentabilidade.

As maiores altas do SMLL

Na liderança absoluta aparece a Cogna (COGN3), com valorização de 179,86% em 2025, resultado de lucros consistentes após anos de prejuízos e rumores de possível fusão com a Yduqs (YDUQ3).

Logo atrás, a Moura Dubeux (MDNE3) acumula alta de 143,76%, puxada pela forte velocidade de vendas de empreendimentos imobiliários e salto no lucro do semestre. Na terceira posição surge a Serena Energia (SRNA3), com avanço de 120%, refletindo o apetite por energia eólica e solar.

Portanto, o ranking ainda conta com companhias de educação, varejo de moda e locação de veículos, evidenciando a diversidade de setores que puxaram o Índice Small Cap para cima neste ano.

As maiores quedas do índice

Nem todas as ações tiveram o mesmo fôlego. A Azul (AZUL4) despencou 83% em 2025, impactada pelo alto endividamento e pela pressão nos custos. A Recrusul (RCSL3), do setor de implementos rodoviários, recuou 74,53%, enquanto a Viveo (VVEO3), ligada à saúde, caiu 55,12%.

Esses movimentos mostram que o SMLL, apesar do desempenho superior, carrega riscos mais elevados. Ademais, as oscilações podem ser intensas, e cada resultado trimestral tende a impactar fortemente os preços.

Por fim, para o investidor a análise detalhada de fundamentos e o uso de ferramentas como o GDI DATA podem ajudar a filtrar oportunidades e evitar armadilhas.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.