Otimismo

Smart Fit (SMFT3): BTG Pactual vê ação como "monstro do crescimento" e eleva preço-alvo

Segundo o banco, mesmo com competição crescente de redes como Bluefit e Panobianco, a companhia segue “estruturalmente melhor posicionada”

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ipo smartfit
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A Smart Fit (SMFT3) está deixando os concorrentes para trás e chamando atenção dos investidores como uma das grandes promessas de crescimento no varejo latino-americano, segundo o BTG Pactual.

A rede de academias — que já valorizou mais de 40% só em 2025 — acaba de ganhar uma elevação de preço-alvo pelo banco, passando de R$ 27,00 para R$ 28,00 nos próximos 12 meses.

Pode parecer um ajuste sutil, mas a nova meta representa um potencial de valorização de quase 18% em relação ao último fechamento.

E tudo isso vem em cima de um primeiro trimestre forte, mesmo após uma leve realização de lucros na Bolsa após o Pátria vender parte de sua fatia na empresa.

BTG vê “ciclo virtuoso” com fôlego de maratonista

Os analistas do banco descrevem a Smart Fit como uma empresa que está entrando em uma fase de crescimento sustentado por três grandes pilares:

  1. Entregas consistentes de resultados;
  2. Demanda sólida e recorrente por academias;
  3. Reconhecimento de marca e eficiência operacional.

Segundo o BTG, mesmo com competição crescente de redes como Bluefit e Panobianco, a Smart Fit segue “estruturalmente melhor posicionada”, com margens saudáveis e retorno elevado por unidade.

Além disso, a recente venda de ações pelo Pátria não foi vista como um problema, mas como solução para questões antigas de liquidez, aumentando o free float da companhia.

Crescimento com disciplina: Lucro deve disparar 39% ao ano

Mesmo reconhecendo riscos de curto prazo — como valuation esticado e potencial canibalização entre unidades —, o BTG prevê uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 39% no lucro por ação até 2027.

Nos preços atuais, a ação é negociada a 19x o lucro estimado para 2025 e 13x para 2026 — múltiplos considerados atraentes diante da projeção de crescimento acelerado.

Dobro de academias no radar

A Smart Fit estima que pode dobrar de tamanho na América Latina, concentrando 90% da expansão em cidades onde já atua. Isso permite ganhos de escala, maior reconhecimento de marca e sinergias operacionais — uma combinação poderosa para investidores de longo prazo.

O CFO da companhia, Andre Pezeta, reforçou que o plano de expansão é sustentado por retornos robustos, mesmo em um cenário de maior competição.

“Estamos crescendo com estratégia e disciplina. A densificação da rede é uma decisão calculada e lucrativa”, resumiu o executivo.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.