
- Suzano fará emissão de Panda Bonds na China, no valor de até US$ 208,9 milhões.
- Operação integra programa de emissões de até 20 bilhões de Renminbi (US$ 2,7 bi).
- Companhia dará garantias corporativas e usará derivativos para proteger a dívida.
A Suzano deu um passo estratégico no mercado internacional. O Conselho de Administração aprovou a emissão de Panda Bonds na China, em valor equivalente a US$ 208,9 milhões.
A operação marca mais uma frente de captação da companhia no exterior, dentro de um programa que prevê emissões de até 20 bilhões de Renminbi (US$ 2,7 bilhões).
Estrutura da emissão
A companhia informou que a subsidiária Suzano International Finance B.V. fará a emissão, com vencimento de até cinco anos. O objetivo é ampliar a presença no mercado de capitais asiático.
Assim, o movimento confirma o esforço da empresa em diversificar fontes de financiamento e reduzir dependência de mercados tradicionais, como os EUA e a Europa.
Desse modo, a operação reforça o alinhamento com investidores chineses, importantes compradores da celulose produzida pela Suzano.
Garantias e derivativos
A Suzano também aprovou a concessão de garantia corporativa às obrigações da subsidiária responsável pela emissão. Assim, busca transmitir maior segurança aos credores.
Além disso, outro ponto definido foi o uso de derivativos para proteger a operação contra variações cambiais. O conselho autorizou contratos no mesmo valor da emissão e, se necessário, ajustes adicionais para manter a cobertura.
Portanto, essa estratégia aumenta a previsibilidade dos custos financeiros e reduz riscos em cenários de volatilidade.
Impacto estratégico
O mercado chinês é um dos maiores consumidores da celulose brasileira. Por isso, a entrada da Suzano nos Panda Bonds é vista como natural para fortalecer laços comerciais e financeiros.
Ademais, a companhia acredita que a iniciativa amplia sua flexibilidade de gestão e reforça a posição de destaque global.
Por fim, se o programa for totalmente executado, poderá alcançar US$ 2,7 bilhões em captações, consolidando a Suzano como uma das empresas brasileiras mais ativas nos mercados de dívida internacionais.