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Telefônica Brasil (VIVT3) paga R$ 850 milhões por metade da Fibrasil: valeu a pena?

Acordo com grupo canadense pode transformar estratégia da dona da Vivo no mercado de fibra ótica

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Vivo 3
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A Telefônica Brasil (VIVT3), controladora da Vivo, anunciou a compra da participação de 50% que o grupo canadense La Caisse ainda detinha na Fibrasil, empresa de rede neutra de fibra ótica no Brasil. O valor da transação? R$ 850 milhões à vista.

Esse movimento é uma mudança estratégica para garantir a infraestrutura de fibra que sustenta desde a internet residencial até a expansão do 5G e da internet das coisas.

O que é a Fibrasil?

A Fibrasil atua como uma rede neutra de fibra ótica, ou seja, fornece infraestrutura de atacado para outras operadoras — inclusive concorrentes da Vivo.

No final de 2024, ela estava presente em 151 cidades brasileiras e com 4,6 milhões de casas passadas, o que representa um pedaço relevante da malha de conectividade do país.

Com essa aquisição, se tudo for aprovado, a Telefônica Brasil passará a deter 75% da Fibrasil, ganhando mais poder de decisão sobre os rumos da operação.

R$ 850 milhões

O valor será pago em uma única parcela, no fechamento da operação, que ainda depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Anatel.

Segundo analistas, o valor sinaliza um interesse estratégico da Vivo em fortalecer sua presença no back-end da conectividade, que normalmente é uma área invisível para o consumidor final, mas essencial para garantir qualidade, estabilidade e velocidade nos serviços.

O que muda para o cliente final?

Na prática, a Telefônica quer reforçar sua presença no segmento de fibra com um foco declarado: “melhorar a experiência do cliente” e acelerar a digitalização do país. Isso significa mais qualidade de conexão, maior alcance geográfico e possivelmente até novas soluções digitais em regiões ainda pouco atendidas.

“A companhia continuará expandindo sua presença no mercado de fibra, com foco na melhoria da experiência do cliente ao mesmo tempo em que contribui para a digitalização do país”, afirmou a empresa em fato relevante.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.