Balanço bancário

Tem SANB11 na carteira? Então você precisa ver esses números agora

Mesmo com alta de 9,8% no lucro anual, banco viu queda no crédito, nos ativos totais e na margem financeira.

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Tem SANB11 na carteira? Então você precisa ver esses números agora
  • Lucro do Santander Brasil cresce 9,8% no ano, mas recua 5,2% no trimestre, totalizando R$ 3,659 bilhões.
  • Carteira de crédito cai 1% no trimestre, afetada por queda no consignado e revisão no risco sacado.
  • Margem com clientes sustenta resultado, mas margem de mercado registra prejuízo de R$ 730 milhões.

O Santander Brasil (SANB11) registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025. O valor representa uma alta de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024, mas queda de 5,2% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

Apesar da expansão no resultado líquido, o banco observou recuo em outros indicadores importantes. Os ativos totais diminuíram, a carteira de crédito encolheu no trimestre e a margem financeira bruta também teve retração. A estratégia do banco, segundo a administração, segue focada em rentabilidade, alocação disciplinada de capital e diversificação de riscos.

Rentabilidade avança, mas ativos recuam

O retorno sobre o patrimônio líquido do Santander Brasil atingiu 16,4% no segundo trimestre. O índice representa avanço de 0,8 ponto porcentual em relação a igual período de 2024, o que indica maior eficiência no uso do capital próprio. A margem foi impulsionada principalmente pelo crescimento nas operações com clientes.

No entanto, os ativos totais somaram R$ 1,224 trilhão no trimestre encerrado em junho, uma queda de 0,8% na comparação anual e retração de 1,9% frente ao primeiro trimestre. Essa redução nos ativos foi influenciada por ajustes cambiais e mudanças na composição da carteira de crédito, segundo o banco.

Por outro lado, o patrimônio líquido do banco aumentou 2,1% em doze meses e 5,1% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 92,459 bilhões. O crescimento reforça a solidez do banco em meio a um ambiente de crédito mais seletivo e sujeito a discussões regulatórias.

Carteira de crédito mostra retração

A carteira de crédito do Santander Brasil fechou o trimestre em R$ 675,5 bilhões, pelo conceito ampliado. Isso representa alta de 1,5% em 12 meses, mas queda de 1% em relação ao primeiro trimestre. O banco atribui esse movimento à estratégia de focar nos segmentos mais rentáveis e com menor risco.

A retração também refletiu fatores pontuais. Entre eles, a redução no portfólio de risco sacado, diante das discussões sobre a cobrança do IOF, e uma desaceleração no crédito consignado para pessoas físicas. Além disso, houve impacto da variação cambial sobre parte da carteira.

O Santander afirma que, apesar da retração pontual, mantém seu compromisso com a rentabilidade ajustada ao risco. A instituição também reforçou que tem buscado novas oportunidades em segmentos estratégicos, priorizando eficiência na alocação de capital.

Margem com clientes sustenta resultado

A margem financeira bruta somou R$ 15,4 bilhões no segundo trimestre. Embora o resultado tenha crescido 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 3,3% frente ao primeiro trimestre. O recuo reflete, em parte, o comportamento dos juros e do mercado financeiro.

A margem com clientes, por sua vez, apresentou crescimento sólido. Alcançou R$ 16,6 bilhões, com alta de 11,3% na base anual e de 1,9% em três meses. Esse desempenho compensou parcialmente a perda registrada na margem com mercado.

A margem com mercado teve resultado negativo de R$ 730 milhões no trimestre. Mesmo assim, o banco conseguiu manter uma base estável de rentabilidade ao reforçar seu foco nas operações com clientes e na gestão eficiente de riscos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.