Vetor de crescimento

TotalPass dispara dentro da SmartFit e já pode valer R$ 1,5 bilhão, aponta Citi

Relatório do banco destaca o braço corporativo da rede como novo trunfo bilionário e motor de expansão digital.

Apoio

TotalPass - Arte GDI
TotalPass - Arte GDI
  • Citi avalia o TotalPass em R$ 1,5 bilhão, equivalente a 10% do valor da SmartFit.
  • Plataforma deve chegar a 7 milhões de usuários e gerar lucro bruto de R$ 1 bi.
  • Ações da SmartFit têm potencial de valorização de 30%, com preço-alvo mantido em R$ 32.

O Citi passou a enxergar o TotalPass, plataforma de benefícios corporativos da SmartFit (SMFT3), como um ativo bilionário e estratégico. Segundo o banco, o negócio já pode valer R$ 1,5 bilhão em valor presente líquido (NPV), o que representa cerca de 10% do valor de mercado atual da companhia.

De acordo com o relatório, o modelo digital de assinaturas e integração entre academias físicas e corporativas transformou o TotalPass em um novo vetor de crescimento para a SmartFit na América Latina.

Plataforma consolida o ecossistema da SmartFit

O TotalPass é um concorrente direto da WellHub (antiga Gympass). O serviço permite que empresas ofereçam aos funcionários acesso a academias e aulas de bem-estar, incluindo musculação, pilates e spinning.

À medida que novas companhias aderem ao programa, a base de usuários aumenta e atrai mais parceiros. Assim, o ecossistema se fortalece e o valor do serviço cresce.

Além disso, a integração com a estrutura da SmartFit cria uma vantagem difícil de ser replicada. O analista João Pedro Soares, do Citi, afirmou que “a rede interna de academias e a tecnologia do TotalPass são praticamente impossíveis de copiar”, o que amplia o potencial competitivo da empresa.

Expansão, fidelização e lucros crescentes

O Citi reconhece que subestimou o potencial inicial do TotalPass. No início da cobertura, analistas consideravam o impacto pequeno. Hoje, os resultados mostram o oposto: o ticket médio da SmartFit Brasil subiu cerca de 500 pontos-base por conta da plataforma.

Segundo o banco, o TotalPass pode alcançar 7 milhões de usuários até 2030 e gerar lucro bruto de R$ 1 bilhão, o que representaria 8% da receita líquida da empresa.

Além disso, o modelo cria fidelização natural entre as companhias contratantes, já que o benefício é incorporado aos pacotes de RH. Com isso, os custos de troca aumentam e a SmartFit ganha espaço para reajustar preços, garantindo rentabilidade no longo prazo.

Citi mantém otimismo e vê potencial nas ações

Mesmo com o cenário positivo, o Citi manteve o preço-alvo das ações da SmartFit em R$ 32, o que representa potencial de alta de 30% sobre o valor atual, próximo de R$ 25.

O banco também revisou as estimativas de receita para cima — 2% para 2026 e 3% para 2027, por conta da maior relevância do TotalPass no balanço da companhia.

Atualmente, a SmartFit vale R$ 15,2 bilhões na B3. Portanto, a sinergia entre academias, tecnologia e plataforma corporativa consolida o grupo como líder no segmento fitness latino-americano.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.