
- Imóveis em regiões premium reforçam a segurança e o potencial de valorização do portfólio.
- TRXF11 comprou 14 agências da Caixa por R$ 140 milhões com cap rate elevado.
- Caixa mantém demanda física por operar benefícios sociais, garantindo estabilidade ao ativo.
O TRXF11 quebrou mais um tabu interno e surpreendeu o mercado ao adquirir 14 agências da Caixa Econômica Federal, mesmo em um cenário onde unidades físicas se tornam cada vez mais raras. A movimentação reforça a estratégia do fundo em ampliar ativos urbanos com alto potencial de renda.
A operação, estimada em R$ 140 milhões, envolve imóveis antes pertencentes à Funcef, que recebeu cotas do TRXF11 em troca. A decisão ocorre em um momento de dinheiro caro, no qual transações desse tipo ganham força entre investidores institucionais.
Aquisição estratégica da TRX
A TRX decidiu incorporar agências mesmo após anos evitando esse segmento. Entretanto, o perfil da Caixa, que depende de atendimento presencial por operar Bolsa Família, FGTS e seguro-desemprego, reforça a viabilidade do modelo físico. Essa demanda contínua tornou o negócio mais atraente.
Além disso, a gestora fechou a transação com cap rate de 10%, nível acima das operações recentes no mercado. Esse retorno elevado aumenta a competitividade do portfólio do TRXF11 e melhora a distribuição de renda aos cotistas.
Por fim, a Funcef aproveitou a maturidade dos planos de previdência para buscar liquidez. Assim, a venda se tornou oportuna para ambas as partes, permitindo que o TRXF11 ampliasse sua presença geográfica em áreas consolidadas.
Por que a Caixa mantém agências
Enquanto bancos privados fecham unidades para reduzir custos, a Caixa segue direção oposta. Isso ocorre porque sua atuação envolve políticas públicas que exigem contato presencial contínuo, especialmente para milhões de beneficiários.
Essa necessidade estrutural reduz o risco de vacância e garante demanda estável pelos imóveis adquiridos. Dessa forma, a TRX consegue alinhar rentabilidade e segurança, dois pilares essenciais para fundos de renda urbana.
Ao mesmo tempo, os contratos típicos das agências permitem previsibilidade financeira. Portanto, o ativo se encaixa na tese do fundo sem depender de mudanças comerciais ou reposicionamento urbano.
Localizações estratégicas e novos horizontes
O portfólio adquirido inclui imóveis em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia. Essas regiões possuem fluxo intenso e fortalecem a valorização dos ativos ao longo do tempo, garantindo sustentação até em cenários menos favoráveis.
Entre os endereços, destacam-se a unidade da Rua Fradique Coutinho, na Vila Madalena, e outra no Shopping RioSul, no Rio de Janeiro. Em ambas, a força comercial da região amplia o potencial de ocupação futura.
Mesmo com o foco em manter agências, a TRX valoriza o poder das localizações. Dessa forma, caso haja rescisões, os imóveis ainda apresentariam forte mercado para realocação, fortalecendo a estratégia de longo prazo.