Valuation pressionado

Um número derrubou a ação e acendeu o alerta na Raízen (RAIZ4)

Após um trimestre pesado, a companhia encara pressão no caixa e na alavancagem, enquanto o mercado reage com forte correção.

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  • Prejuízo de R$ 1,8 bilhão e queima de caixa de R$ 12,8 bilhões elevam o estresse financeiro
  • Alavancagem em 4,5x Ebitda pressiona valuation e exige foco na desalavancagem
  • Ação cai mais de 16% enquanto o mercado cobra geração de caixa e execução consistente

A Raízen (RAIZ4) encerrou o trimestre com prejuízo de R$ 1,8 bilhão e alavancagem em 4,5x Ebitda. Além disso, a empresa registrou queima de caixa de R$ 12,8 bilhões, o que ampliou o estresse financeiro.

Diante do quadro, a ação desabou mais de 16% no pregão. Assim, o investidor refez premissas e ajustou a percepção de risco para a tese.

Balanço e pressão de caixa

Os números mostram um trimestre desafiador e fora do padrão recente. Além disso, a queima de R$ 12,8 bilhões elevou a preocupação com capital de giro e demanda por financiamento.

Assim, o ciclo de caixa ficou mais longo e exigiu disciplina adicional na gestão de estoques e recebíveis. Por isso, o mercado passou a cobrar sequência de trimestres com geração positiva.

No curto prazo, o foco recai sobre ritmo de investimentos, calendário de desembolsos e eventual rolagem de passivos. Portanto, a execução operacional ganha peso extra.

Reação do mercado e alavancagem

Com a alavancagem em 4,5x Ebitda, a assimetria mudou contra o papel. Além disso, a queda acima de 16% reflete realocação tática e busca por nomes com caixa mais folgado.

Ainda assim, parte dos analistas tende a observar preço de energia, mix de produtos e curva de combustíveis antes de revisar cenários. Portanto, a visibilidade depende de margens e volumes nos próximos meses.

Por fim, o custo de capital mais alto pressiona o valuation. Desse modo, a desalavancagem vira condição para retomar confiança.

O que fica no radar

Agora, o investidor acompanha metas de geração de caixa e eventuais ajustes no capex. Além disso, a companhia precisa mostrar melhora consistente no giro financeiro.

Assim, planos de eficiência, redução de despesas e otimização logística entram no centro da narrativa. Por outro lado, surpresas negativas podem alongar a recuperação.

Por fim, a comunicação ao mercado será decisiva. Portanto, guidances críveis e entregas trimestrais tornam-se o principal gatilho para reprecificação.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.