
- O lucro sobe 120 e alcança R$ 144 milhões com subscrição forte e ganho financeiro
- Os prêmios emitidos crescem 15 enquanto os prêmios retidos caem 16 e a sinistralidade chega a 51,9%
- A solvência fica em 237 do mínimo com suficiência de R$ 1,384 bilhão e disciplina de risco adiante
O IRB Re (IRBR3) fechou o 2º trimestre com lucro líquido de R$ 144 milhões, alta de 120% sobre um ano atrás. Além disso, a empresa atribuiu o avanço ao resultado financeiro e patrimonial de R$ 163 milhões e ao resultado de subscrição positivo de R$ 229 milhões.
Ainda assim, o componente financeiro isolado recuou 2% e somou R$ 149,8 milhões, o que mantém a leitura prudente sobre o balanço. Assim, a entrega combina melhora técnica com vigilância no caixa.
Resultados do trimestre
Os prêmios emitidos chegaram a R$ 996 milhões, alta de 15% no ano. Além disso, os prêmios retidos totalizaram R$ 827 milhões, queda de 16%, porque o IRB repassou mais risco. Assim, a companhia conciliou crescimento comercial com maior cessão.
A sinistralidade avançou 13,08 pontos, para 51,9%. No entanto, o resultado de subscrição foi positivo em R$ 229 milhões, alta de 579% frente a 2024. Desse modo, a margem técnica evoluiu apesar do índice maior de sinistros.
O resultado financeiro e patrimonial somou R$ 163 milhões. Porém, o resultado financeiro isolado caiu 2% para R$ 149,8 milhões. Ao mesmo tempo, a gestão reforçou disciplina na carteira e no hedge para reduzir a volatilidade.
Capital e solvência
O IRB reportou suficiência de patrimônio líquido ajustado de R$ 1,384 bilhão sobre o capital mínimo requerido. Além disso, o indicador subiu em relação a dezembro de 2024, quando marcava R$ 894 milhões. Assim, o patrimônio ajustado ficou em 237% do mínimo regulatório.
A folga de capital adiciona resiliência contra choques de sinistralidade. Por outro lado, a gestão mantém limites de retenção e apetite a risco sob controle. Portanto, a alocação segue seletiva, com foco em linhas rentáveis.
Em paralelo, a companhia executa um plano de eficiência. Além disso, iniciativas operacionais elevam a qualidade de dados e a governança. Com isso, a direção espera sustentar a virada sem depender de eventos extraordinários.
O que fica no radar
Investidores acompanharão a trajetória da sinistralidade no 2º semestre. Além disso, a evolução dos prêmios retidos mostrará o equilíbrio entre crescimento e cessão. Desse modo, a relação prêmio-risco permanece no centro da tese.
A dinâmica do resultado financeiro também entra no foco. No entanto, o ambiente de juros pode mexer em rendimentos e valuation. Assim, a gestão de caixa e o mix de ativos ganham peso nas próximas leituras.
Por fim, a manutenção da solvência em patamar confortável sustenta o apetite por negócios selecionados. Ao mesmo tempo, eventos climáticos e litígios seguem no radar. Portanto, entregas consistentes serão o gatilho para destravar valor.