
- Nubank ultrapassa Itaú e vira a 2ª empresa mais valiosa do Brasil
- Lucro recorde e upgrades de bancos sustentam alta das ações
- Analistas projetam valor de mercado em US$ 100 bi até 2026
O Nubank (ROXO34) voltou a surpreender o mercado. A fintech superou o Itaú Unibanco em valor de mercado e se consolidou como a segunda empresa mais valiosa do Brasil, atrás apenas da Petrobras. O feito acontece após uma disparada das ações na Bolsa de Nova York, embaladas por lucro recorde e revisões positivas de grandes bancos.
Nesta quarta-feira (10), o banco digital fechou avaliado em US$ 74,5 bilhões (R$ 404 bilhões), contra R$ 387 bilhões do Itaú. A valorização acumulada chega a 25% em 30 dias e mantém os papéis próximos da máxima histórica.
O que explica a arrancada
O balanço divulgado em agosto trouxe lucro acima das estimativas e afastou o temor de que os juros altos e a economia fraca afetariam os resultados. As margens voltaram a crescer e a inadimplência mostrou estabilidade, sinalizando que a qualidade da carteira de crédito está sob controle.
Além disso, após os números, cinco bancos, Itaú BBA, BTG, Citi, Bradesco BBI e Santander, elevaram suas recomendações para o papel. O Citi foi além e passou de “venda” para “compra”, enquanto o Bank of America manteve recomendação neutra, mas aumentou o preço-alvo para US$ 16.
Portanto, com isso o Nubank não só se valorizou em ritmo acelerado como passou a figurar novamente entre as fintechs mais relevantes do mundo, ficando atrás apenas do inglês Revolut, avaliado em US$ 75 bilhões.
O que vem pela frente
Analistas enxergam espaço para mais ganhos. O Morgan Stanley projeta que o Nubank pode atingir valor de mercado de US$ 100 bilhões até 2026, caso mantenha margens em expansão e continue crescendo sua base de clientes.
Hoje, a fintech já conta com 107 milhões de clientes no Brasil e 122,7 milhões globalmente, números que reforçam sua escala e potencial de monetização. Ademais, o cenário de queda de juros também pode impulsionar o apetite por bancos digitais, ampliando ainda mais as receitas.
Por fim, o mercado agora aguarda os próximos passos do setor. Especialistas lembram que outras fintechs brasileiras podem aproveitar o momento e lançar IPOs, abrindo espaço para novas referências na Bolsa.