
- A empresa investirá bilhões na modernização da Coqueria 2 até 2029
- Bateria 4 entrará em operação no fim do período e ampliará produção de gás e coque
- Projeção de investimentos em 2025 sobe para faixa entre R$ 1,2 bi e R$ 1,4 bi
A Usiminas (USIM5) anunciou nesta sexta-feira (25) a revisão de suas projeções de investimentos para 2025. A companhia agora estima aplicar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão em CAPEX ao longo do ano, segundo fato relevante enviado à CVM. A nova previsão representa um ajuste em relação às estimativas divulgadas em fevereiro.
O aumento do investimento se deve, principalmente, ao avanço de um novo projeto estratégico. Trata-se da reconstrução parcial da Bateria 4 da Coqueria 2, na Usina de Ipatinga (MG). A empresa prevê investir R$ 1,7 bilhão na modernização da estrutura até 2029. O plano visa ampliar a capacidade de produção de coque e gás de coqueria e, ao mesmo tempo, reduzir a dependência de fornecedores externos.
Projeto reforça a autonomia da operação da Usiminas
De acordo com a companhia, a modernização da Bateria 4 faz parte de uma estratégia de médio prazo para aumentar a eficiência e a competitividade da usina. O projeto será executado em quatro anos e inclui melhorias tecnológicas, além de avanços no desempenho ambiental da unidade.
Do valor total previsto, apenas R$ 80 milhões devem ser desembolsados já em 2026. O restante dos investimentos será distribuído entre 2027 e 2029. A expectativa é que a nova bateria entre em operação até o fim desse período, o que deve fortalecer a produção interna de insumos essenciais.
Com maior capacidade de produção própria, a Usiminas poderá reduzir sua exposição à volatilidade dos preços do coque no mercado externo. Isso trará mais estabilidade de custos e previsibilidade no planejamento estratégico da companhia.
Projeções indicam confiança na recuperação industrial
A revisão no CAPEX para 2025 mostra que a administração está mais confiante na retomada da indústria. A nova faixa de investimentos inclui aportes em modernização, manutenção e projetos estruturais. Além disso, reforça o compromisso da empresa com a produtividade e a inovação.
Embora os números ainda possam variar, conforme as condições de mercado, o movimento sinaliza uma postura mais ofensiva diante de um cenário desafiador. A empresa reconhece que os valores projetados dependem de fatores externos, mas mantém o foco em preparar sua operação para o futuro.
Todas as informações atualizadas serão incluídas no Formulário de Referência da Usiminas. O documento estará disponível nos sites da CVM e da área de Relações com Investidores da companhia dentro do prazo regulamentar.
Coque e gás podem melhorar margens nos próximos anos
O projeto da Coqueria 2 tem potencial para gerar impactos positivos no longo prazo. Com maior produção interna de coque e gás, a Usiminas reduz custos operacionais e aumenta sua autonomia estratégica frente aos concorrentes.
Essa independência pode se traduzir em margens mais robustas, especialmente em momentos de alta dos insumos importados. Além disso, os ganhos de eficiência energética e a menor emissão de poluentes tornam o projeto alinhado às metas ambientais da empresa.
Portanto, o investimento de R$ 1,7 bilhão não apenas reforça a capacidade produtiva da companhia, como também atende às crescentes exigências de sustentabilidade. Essa combinação pode atrair o interesse de investidores que valorizam critérios ESG.