Ativos valorizados

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) dominam negociações na Bolsa em junho; veja os ativos mais procurados do semestre

Levantamento da B3 revela preferências dos investidores entre ações, FIIs, ETFs e BDRs no mês e no acumulado de 2025.

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Crédito: Depositphotos
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  • Petrobras liderou o ranking de ações mais negociadas em junho; Vale liderou no 1º semestre
  • Investidores seguem concentrando negociações em grandes empresas e setores tradicionais
  • ETFs e BDRs ligados a tecnologia e commodities também aparecem entre os destaques

A Petrobras (PETR4) manteve a liderança entre as ações mais negociadas da B3 em junho, repetindo o feito dos dois meses anteriores. Já no acumulado do primeiro semestre de 2025, a Vale (VALE3) assumiu a dianteira. Os dados fazem parte de um levantamento da DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway.

Sendo assim, o estudo considera os ativos com maior volume de negociação entre ações, FIIs, ETFs e BDRs. Desse modo, o levantamento mostra que os investidores ainda se concentram em empresas consolidadas da economia tradicional, mesmo em um cenário de alta volatilidade.

Itaú, Banco do Brasil e B3 também se destacam

Além de Petrobras e Vale, o Itaú Unibanco (ITUB4) aparece como o terceiro papel mais negociado tanto em junho quanto no semestre.

Ademais, o Banco do Brasil (BBAS3) e a própria B3 (B3SA3) completam o top 5 de ações com maior volume em ambos os períodos.

Outras empresas que figuram com frequência no ranking incluem Bradesco (BBDC4), Petrobras ON (PETR3), PetroRio (PRIO3), Localiza (RENT3) e Ambev (ABEV3).

Portanto, a presença contínua desses papéis reforça a preferência do investidor por empresas sólidas e com alta liquidez, mesmo diante de mudanças macroeconômicas.

Fundos imobiliários perdem força, mas mantêm favoritos

Entre os Fundos Imobiliários (FIIs), o destaque de junho foi o CPUR11, seguido por XPML11 e KNCR11. Já no semestre, XPML11 lidera, com MXRF11 e KNCR11 logo atrás.

Sendo assim, esses fundos estão entre os mais acessíveis para investidores iniciantes, o que explica sua popularidade constante.

Além disso, embora o mercado de FIIs enfrente desafios diante dos juros altos, a demanda por renda passiva ainda sustenta o movimento desses papéis.

Desse modo, muitos investidores veem nos fundos imobiliários uma forma de diversificação eficiente, principalmente para compor carteiras de médio e longo prazo.

ETFs e BDRs revelam apetite por tecnologia e commodities

Na categoria de ETFs, os mais negociados em junho foram BOVA11, SMAL11 e BOVV11. Esses mesmos ativos também aparecem no ranking do semestre, com destaque para o BOVA11, que segue como principal fundo de índice da Bolsa brasileira.

Já os BDRs — que representam ações de empresas estrangeiras — mostram maior influência de gigantes globais. Em junho, os destaques foram JBSS32, TSLA34 (Tesla) e NVDC34 (Nvidia). No semestre, os mais negociados foram TSLA34, NVDC34 e INBR32 (Intelbras).

Em suma, o forte interesse por empresas de tecnologia e commodities indica que os brasileiros continuam atentos aos movimentos do mercado internacional. Embora os BDRs dependam do câmbio, eles oferecem acesso simplificado a companhias fora do país, o que ajuda a ampliar a exposição global.

Perfil conservador predomina entre investidores da B3

Apesar das novidades no mercado financeiro, os dados mostram que o perfil dos investidores segue conservador. A maioria continua priorizando ações de grandes bancos, estatais e empresas com receitas previsíveis.

Ao mesmo tempo, ETFs atrelados ao Ibovespa e BDRs de tecnologia despontam como alternativas para diversificação.

O ranking da B3 reforça o peso das blue chips e a importância da liquidez para o investidor comum. Portanto, ainda que ativos como FIIs e BDRs ganhem espaço, as ações tradicionais seguem no centro da estratégia da maioria dos participantes do mercado.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.