Desvalorização

Vale e tombo da Azul afundam Ibovespa, mas Gol e varejistas surpreendem

Setores de mineração, petróleo e siderurgia puxaram o índice para baixo, enquanto apostas em recuperação judicial.

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Vale e tombo da Azul afundam Ibovespa, mas Gol e varejistas surpreendem
  • Vale afunda o Ibovespa: Ação da mineradora caiu 2,53% e teve maior peso negativo no índice
  • Gol voa, Azul despenca: Gol disparou 13,08% com plano de reestruturação aprovado; Azul afundou 6,25% após coletiva sobre o Chapter 11
  • Varejo e saúde surpreendem: Magazine Luiza, Azzas e Rede D’Or fecharam em alta com recomendações positivas e apostas do mercado

O Ibovespa encerrou o pregão pressionado pela forte queda das ações da Vale (VALE3), que recuaram 2,53% e tiveram o maior impacto negativo no índice. A desvalorização refletiu preocupações com a demanda chinesa por minério de ferro, além de incertezas no cenário global.

O setor de commodities pesou ainda mais com a queda da Petrobras (PETR4), que perdeu 1,09% acompanhando o recuo do petróleo no mercado internacional.

As siderúrgicas seguiram a mesma tendência negativa. Gerdau (GGBR4) afundou 3,17%, enquanto outras companhias do setor também recuaram, em meio a um ambiente menos favorável para exportações e preocupações com margens.

Já os frigoríficos tiveram um dia fraco, com JBS (JBSS3) recuando 1,40%, impactada por cautela com os resultados do segundo trimestre e menor otimismo com o mercado externo.

Os extremos

O setor aéreo viveu extremos. Azul (AZUL4) despencou 6,25%, cotada a apenas R$ 0,90, após a companhia convocar uma coletiva de imprensa para detalhar o processo de Chapter 11 nos Estados Unidos. Apesar da tentativa de explicar a estratégia e acalmar o mercado, investidores reagiram com forte pessimismo e continuam a questionar a viabilidade do plano.

Na contramão, a Gol (GOLL4) surpreendeu e disparou 13,08%, após os acionistas aprovarem o plano de reestruturação que prevê a saída da recuperação judicial ainda em junho. A notícia animou o mercado, que reagiu positivamente à perspectiva de normalização das operações e da dívida da companhia.

Entre os destaques positivos, o setor de varejo mostrou fôlego e conseguiu avançar, mesmo em um dia difícil para o índice. Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,54%, com investidores aproveitando os preços deprimidos das ações para apostar em uma recuperação gradual da demanda interna.

Azzas 2154 (AZZA3) também brilhou, ao saltar 3,71% depois que analistas de uma grande corretora reforçaram recomendação de compra, destacando potencial de valorização.

O setor de saúde teve desempenho misto. Hapvida (HAPV3) oscilou durante o dia, mas conseguiu fechar com alta de 0,35%, após um grande banco sinalizar otimismo com os fundamentos da companhia. Já a Rede D’Or (RDOR3) ganhou 0,91%, sustentada pela elevação de preço-alvo por analistas e a indicação como principal preferência do setor.

O Ibovespa refletiu assim um mercado dividido entre más notícias nas blue chips e boas surpresas em empresas menores e mais voláteis. Embora a queda da Vale tenha sido determinante, alguns papéis conseguiram resistir à maré negativa com apoio de fundamentos, recomendações e eventos corporativos.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.