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Vale (VALE3) acelera parceria com Glencore e mira salto no cobre

Joint venture no Canadá reforça estratégia da mineradora para dobrar produção do metal.

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  • VALE3 aprofunda parceria com a Glencore para projeto de cobre no Canadá
  • Investimento estimado entre US$ 1,6 bi e US$ 2 bi, com 880 mil toneladas previstas
  • Demanda por cobre deve crescer 30% até 2040, segundo a IEA

A Vale (VALE3) avançou em um acordo com a Glencore para avaliar a criação de uma joint venture voltada a um novo projeto de cobre na Bacia de Sudbury, no Canadá, mais um passo dentro da estratégia global da mineradora para ampliar presença em metais estratégicos.

As companhias vão estudar o desenvolvimento conjunto de depósitos de cobre em áreas adjacentes, explorando sinergias com a infraestrutura já existente da Glencore na mina Nickel Rim South, incluindo o aprofundamento do poço e a abertura de novas galerias.

Projeto prevê até US$ 2 bilhões

O empreendimento em análise estima a produção de 880 mil toneladas de cobre ao longo de 21 anos, com investimento projetado entre US$ 1,6 bilhão e US$ 2 bilhões.

Nesse sentido, a geologia polimetálica da região também indica potencial para gerar níquel, cobalto, ouro e minerais críticos, reforçando o ganho estratégico do projeto.

As etapas de engenharia, licenciamento e consultas públicas estão previstas para 2026, enquanto a decisão final de investimento deve ocorrer no primeiro semestre de 2027.

Portanto, a parceria busca acelerar o acesso a reservas relevantes e reduzir custos operacionais por meio do compartilhamento de infraestrutura.

Vale mira dobrar produção

A mineradora vem ampliando sua exposição ao cobre, metal essencial para eletrificação, veículos elétricos e redes de energia. Em outubro, o CEO Gustavo Pimenta reafirmou a meta de dobrar a produção do metal.

Ademais, o diagnóstico é claro: o mercado global de cobre segue apertado, com projetos caros e demorados, mas uma demanda crescente e previsível. A IEA estima que o consumo global deve subir 30% até 2040, impulsionado pela transição energética.

Por fim, o movimento reforça a estratégia da Vale de diversificar portfólio e capturar valor em mercados considerados críticos para as próximas décadas.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.