Vendas em linha

Vale (VALE3) surpreende com produção no pico desde 2018 e analistas veem 2025 mais forte

VALE3 entrega 94 milhões de toneladas no 3T25 e reforça projeções de Ebitda acima de US$ 4 bilhões, segundo casas como BBI, XP, Goldman e JPMorgan.

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  • VALE3 entrega 94 Mt no 3T25 e supera o consenso, com execução forte.
  • Casas projetam Ebitda entre US$ 4,1 bi e US$ 4,3 bi e mantêm compra.
  • Preços-alvo indicam US$ 13–US$ 14 por ADR e R$ 70 por ação no Brasil.

A Vale (VALE3) reportou 94 milhões de toneladas de minério de ferro no 3T25. É o maior nível desde 2018 e ficou 5% acima do consenso.

As vendas ficaram em linha, pois a companhia acumulou 4,5 Mt em estoques. Esse movimento é sazonal após o salto de produção. Assim, o mercado reagiu de forma positiva.

Produção forte e qualidade melhor

O Bradesco BBI classificou o trimestre como sólido. O banco citou a força de S11D e o avanço de projetos-chave. Com isso, o BBI projeta Ebitda de US$ 4,2 bilhões para o período.

A XP Investimentos destacou a flexibilidade do portfólio. A mineradora elevou prêmios com foco em produtos de baixa alumina, como BRBF e IOCJ. Além disso, a casa vê a Vale ajustando o mix por sílica e alumina conforme a demanda.

A Ativa Investimentos apontou volumes e preços realizados acima do esperado. Desse modo, as estimativas de receita, Ebitda e lucro tendem a subir. O recado ao mercado é de execução firme.

Leituras convergentes dos bancos globais

O Goldman Sachs viu aumento de US$ 1/t nos prêmios consolidados (inclui pelotas). O banco ressaltou o maior envio de pellet feed para a China e a alta de BRFB. Portanto, a estratégia comercial mostrou eficiência.

O JPMorgan ressaltou a consistência operacional recente. Para o banco, a gestão tem maior controle das operações, o que sustenta confiança. Assim, o case melhora na comparação global.

O BBA informou que o prêmio de finos voltou ao território positivo. A Vale otimizou o mix de vendas e reduziu a oferta de qualidade mais baixa. Com isso, os descontos encolheram e as margens ganharam fôlego.

Metais básicos em alta e diversificação

Em metais básicos, as vendas de cobre subiram 19,7% a/a. As de níquel avançaram 5,4% a/a. Além disso, o cobre teve preço realizado 7% maior, 5,1% acima da estimativa do JPMorgan.

O Goldman Sachs destacou produção de níquel 16% acima do seu modelo. O ganho veio da reestruturação da mina subterrânea de Voisey’s Bay. Enquanto isso, o cobre ficou em linha.

Esse quadro reforça a diversificação. Assim, a Vale reduz riscos de ciclo e mantém potencial de crescimento mesmo com volatilidade em commodities.

No rumo do topo do guidance

A XP e o Goldman veem a Vale no caminho do topo do guidance em minério e metais básicos. O JPMorgan tem a mesma leitura. Logo, a empresa tende a fechar 2025 com entregas robustas.

O Goldman elevou em 9% o Ebitda do 3T25, para US$ 4,1 bilhões. A Genial Investimentos projetou Ebitda Proforma de US$ 4,3 bilhões. Desse modo, o sentimento ficou ainda mais construtivo.

Entre pares globais, a Vale mostra estratégia de capital disciplinada e FCFy atrativo. Por fim, o papel ganha apelo frente a Rio Tinto e BHP.

Recomendações e preços-alvo

O Bradesco BBI reiterou compra e preço-alvo de US$ 13 por ADR. O banco citou custos sob controle e maturação de projetos. Assim, vê espaço para continuidade do ciclo positivo.

Goldman Sachs e JPMorgan mantiveram compra e US$ 14 por ADR. O BBA reafirmou US$ 13. A Genial manteve compra com R$ 70 por ação. Em síntese, o consenso segue favorável.

Para o investidor, os gatilhos são claros: produção sustentada, mix com prêmios, custos controlados e guidance no topo. Portanto, a tese segue apoiada por fundamentos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.