Avanço limitado

Vamos dispara, varejo acelera, mas Vale impede festa na Bolsa

Índice se mantém firme com apoio de bancos, varejo e siderúrgicas, mas perde fôlego diante da queda da Vale.

Apoio

Vamos dispara, varejo acelera, mas Vale impede festa na Bolsa
  • Vale e CSN Mineração frustram salto maior do Ibovespa com quedas relevantes
  • Varejo, siderúrgicas e petróleo sustentam avanço com apoio da queda do IPCA
  • Vamos lidera altas do dia com disparada acima de 9%; Bradesco é o papel mais negociado

O Ibovespa teve um dia de forte desempenho nesta segunda-feira, sustentado por ganhos expressivos em diversos setores, especialmente no varejo, siderurgia e transporte. No entanto, dois pesos pesados impediram o índice de alcançar um salto ainda maior e renovar recordes: a queda da Vale (VALE3) e o tombo da CSN Mineração (CMIN3).

A mineradora Vale registrou recuo de 0,31% e, por ter forte peso na composição do índice, limitou o avanço mais robusto do Ibovespa. Já a CSN Mineração amargou uma das piores performances do dia, com queda expressiva de 5,80%, após um grande banco rebaixar a recomendação da ação para “venda”. A revisão para baixo pesou no humor dos investidores, mesmo em um cenário geral mais otimista.

A Ambev (ABEV3) também ficou no campo negativo, com baixa de 0,42%. A empresa foi impactada por análises de mercado que questionam se o recente reajuste de preços das cervejas será suficiente para impulsionar seus resultados. Esse ceticismo pressionou a ação, mesmo diante de um mercado amplamente comprador.

Ainda nas quedas

Ainda no grupo das quedas, a Azul (AZUL4) recuou 1,83%, sem gatilhos positivos relevantes e ainda refletindo o ambiente de incertezas no setor aéreo e as oscilações no preço do combustível.

Apesar dessas quedas pontuais, o Ibovespa teve desempenho amplamente positivo. O setor de petróleo, por exemplo, resistiu à queda nas cotações internacionais da commodity. A Petrobras (PETR4) subiu 0,73%, e a PRIO (PRIO3) avançou 0,92%, mostrando resiliência mesmo com o petróleo recuando nas referências globais.

Destaques e avanços

Um dos grandes destaques do dia foi o setor de siderurgia. A Gerdau (GGBR4) disparou 2,81%, puxando outras empresas do setor. O avanço, no entanto, foi impulsionado por expectativas mais otimistas sobre demanda e recuperação de margens. Dessa forma, além da queda dos juros futuros, que melhora o cenário macroeconômico.

No varejo, o tom mais suave do IPCA trouxe alívio e puxou as ações para cima. A desaceleração da inflação fortaleceu a percepção de cortes na taxa Selic, o que favorece diretamente o consumo. O Assaí (ASAI3) brilhou com alta de 7,61%, e a Lojas Renner (LREN3) avançou 1,18% após anunciar uma nova reestruturação estratégica.

Motiva (MOTV3) também teve um dia animado, subindo 2,58%, após a XP reiterar a recomendação de compra da ação, em relatório publicado depois de reunião com a diretoria da companhia. A confiança no plano de crescimento da empresa sustentou a valorização.

Entre os papéis mais negociados do pregão, o Bradesco (BBDC4) liderou em volume financeiro, demonstrando forte interesse institucional. Já a ação da Vamos (VAMO3), portanto, roubou a cena e registrou a maior alta do dia, com valorização superior a 9%, impulsionada por um fluxo comprador expressivo e expectativas favoráveis sobre crescimento da frota e demanda por logística.

No fim do pregão, o Ibovespa mostrou fôlego, mas deixou no ar a sensação de que poderia ter ido além, não fossem os freios colocados por Vale e CMIN3.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.