Renda passiva

Veja por que agosto pode ser o melhor mês para investir em dividendos

Petrobras lidera a lista de recomendações para agosto; Vale volta e BBAS3 é deixada de fora pelas corretoras.

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Dividendos
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  • Petrobras é a ação mais recomendada para dividendos em agosto, com DY estimado de até 15%
  • Vale retorna ao top 6, enquanto Banco do Brasil e Caixa Seguridade saem da lista
  • Especialistas destacam fundamentos sólidos e novas políticas de distribuição nas empresas

Agosto, tradicionalmente visto como um mês apertado para o orçamento familiar, pode surpreender positivamente quem busca renda passiva. Isso porque, no mercado de ações, esse período costuma marcar a retomada da distribuição de dividendos por diversas empresas listadas na B3.

É nesse cenário que algumas ações se destacam como apostas favoritas dos analistas. O levantamento mensal com base nas recomendações de casas como BTG, XP, Genial e Santander, mostra que Petrobras (PETR4) assumiu a liderança entre os papéis mais indicados para dividendos em agosto. E não foi só ela que chamou atenção.

Petrobras lidera com dividendos turbinados

Entre todas as ações analisadas, a Petrobras aparece como a mais recomendada, com seis indicações de diferentes corretoras. A Terra Investimentos estima que a estatal poderá entregar um dividend yield (DY) de até 15% nos próximos 12 meses. A projeção tem como base o baixo custo de extração e as margens brutas acima de 50%.

Analistas destacam que, mesmo com as incertezas sobre a política de preços, os fundamentos da empresa continuam fortes. Assim, com geração de caixa robusta e distribuição recorrente, o papel ainda oferece bom equilíbrio entre risco e retorno. Isso torna a Petrobras uma das opções mais sólidas para quem busca rendimento sem abrir mão de segurança.

Além disso, o atual patamar de cotação da ação também favorece os investidores que visam lucros com dividendos. Desse modo, a expectativa é de que a companhia mantenha seu histórico recente de pagamentos elevados, impulsionada pelos lucros consistentes e pela estratégia operacional eficiente.

Banco do Brasil sai e Vale volta ao radar

A nova composição da lista trouxe mudanças significativas. Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Seguridade (CXSE3), que figuravam entre as favoritas até julho, foram substituídas. Por outro lado, a Vale (VALE3) retornou, com três recomendações.

Ademais, de acordo com o Santander, o minério de ferro de alta qualidade produzido pela empresa segue com forte demanda. Isso, aliado a um valuation considerado atrativo em relação aos pares internacionais, sustenta o otimismo. A mineradora é vista como a principal escolha entre os papéis do setor de mineração e siderurgia no momento.

Embora a volatilidade internacional ainda represente um risco, analistas avaliam que a estratégia da companhia e sua capacidade de gerar fluxo de caixa justificam a entrada na carteira de dividendos. Portanto, a volta da Vale reforça o interesse do mercado por ativos ligados a commodities.

Outras campeãs da renda passiva

Completando o top 6 de agosto, aparecem os papéis de Itaú (ITUB4), Vivo (VIVT3), Cemig (CMIG3) e Copel (CPLE6). O Itaú recebeu quatro indicações e se destaca pela solidez dos resultados. O BTG Pactual aponta que a transformação digital deve elevar ainda mais a eficiência operacional até 2028.

Além disso, a Vivo, também com quatro recomendações, continua sendo uma referência em distribuição de proventos. A Planner Investimentos lembra que a empresa pagou 105,3% do lucro em 2025, superando sua política de distribuir 100%. Espera-se que novos pagamentos ocorram no segundo semestre.

Por fim, as elétricas mostram resiliência e previsibilidade. A Cemig opera com perdas de energia abaixo do permitido pela regulação, o que fortalece seus resultados. A Copel, por sua vez, implementou uma nova política que prevê o repasse de pelo menos 75% do lucro líquido aos acionistas até 2027.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.