
As ações da Prio (PRIO3) operam em alta nesta quinta-feira (17), sob o gatilho de que o Ibama recomendou a aprovação da Licença Prévia (LP) para o projeto Wahoo — uma das apostas mais promissoras da petroleira independente. A licença é a última etapa antes da autorização oficial para início das operações.
Por volta das 13:05, os papéis PRIO3 registravam alta de 2,38%, cotadas a R$ 43,40.
O parecer técnico representa um avanço importante na estratégia da empresa de expandir sua produção e monetizar novos ativos.
Para a XP Investimentos, que mantém PRIO como principal escolha no setor de óleo e gás, a expectativa é que a licença definitiva seja concedida em breve. “Isso pode ser um catalisador de valor significativo”, diz a casa.
Mas não foi só a aprovação ambiental que mexeu com o mercado. Na noite de quarta-feira (16), a PRIO comunicou a conclusão de uma captação de R$ 3 bilhões via debêntures simples, divididas em duas séries com vencimentos de 5 e 7 anos. Os recursos vão reforçar o caixa da companhia e ampliar sua flexibilidade financeira.
Wahoo: R$ 16 por ação em potencial
O projeto Wahoo, adquirido pela PRIO em um momento estratégico do mercado, é considerado por analistas como uma mina de ouro prestes a ser ativada.
O Goldman Sachs estima que o campo, quando conectado por tieback à infraestrutura já existente, possa gerar um valor presente líquido (VPL) de US$ 2,3 bilhões até o fim de 2025 — cerca de R$ 16 por ação, o equivalente a 37% do valor de mercado atual da empresa.
Segundo o banco, essa estimativa já considera os aportes feitos até agora e os preços futuros do petróleo, com projeção de barril a US$ 65 a partir de 2026. A taxa interna de retorno (TIR) do projeto é estimada em sólidos 26%.
A produção estabilizada deve atingir 40 mil barris por dia, o que elevaria o fluxo de caixa livre anualizado da Prio em aproximadamente 10 pontos percentuais.
Importante destacar que grande parte dos investimentos já foi realizada e está incorporada na dívida líquida da companhia. Assim, o campo de Wahoo tende a se tornar uma alavanca robusta de geração de caixa quase imediata, com risco reduzido.