
- Investimento de R$ 10 mil na Prio em 2015 virou mais de R$ 1,17 milhão em 2025
- IPO em 2010 trouxe retornos modestos, com valorização de 72% até hoje
- Companhia prioriza expansão e não dividendos, mas segue referência no setor de óleo e gás
A transformação da antiga HRT Petróleo em PetroRio e, por fim, em Prio (PRIO3), mudou completamente a história da companhia na B3. Quem acreditou na ação em 2015 colheu um retorno explosivo que a coloca entre os maiores cases de valorização do mercado brasileiro.
De acordo com os cálculos, um aporte de R$ 10 mil há dez anos se transformou em mais de R$ 1,17 milhão em 2025. O salto impressionante supera 11.600% de valorização, resultado de aquisições estratégicas, aumento de produção e disciplina financeira.
De fiasco a destaque da Bolsa
A história da empresa começou turbulenta. Listada em 2010 como HRT Petróleo, a companhia decepcionou o mercado nos primeiros anos, chegando a acumular perdas expressivas até 2015.
Foi nesse ano, contudo, que ocorreu a virada de chave: a entrada de uma nova gestão, a mudança de nome para PetroRio e a estratégia de consolidar campos maduros no setor de óleo e gás.
Segundo Leonardo Andreoli, analista da Hike Capital, a Prio passou de uma empresa de nicho para “uma das principais referências brasileiras em produção independente de petróleo”. Desse modo, essa guinada transformou o ativo em sinônimo de retorno elevado e atraiu investidores de longo prazo.
Retornos que impressionam
Quem investiu R$ 10 mil em 2015 hoje tem R$ 1,17 milhão, o equivalente a uma valorização de 11.612%. Já os investidores que estão posicionados desde o IPO em 2010 acumularam ganhos mais modestos, de cerca de 72%, em razão do desempenho ruim nos primeiros anos.
No curto prazo, porém, o cenário é diferente. Além disso, nos últimos 12 meses, a mesma aplicação de R$ 10 mil teria encolhido para R$ 7.845,95, refletindo a queda recente no papel.
Portanto, isso mostra como a trajetória da ação foi marcada por altos e baixos, exigindo visão de longo prazo para capturar o movimento completo.
Estratégia agressiva
Ao contrário de outras empresas do setor, a Prio não é reconhecida como grande pagadora de dividendos. A prioridade tem sido investir em novos campos e ampliar a capacidade produtiva, buscando crescimento acelerado.
Ademais, isso explica por que o reinvestimento de dividendos não alterou significativamente os retornos acumulados.
Por fim, a estratégia de disciplina de capital, associada a aquisições seletivas, sustentou margens elevadas e forte geração de caixa. Esse modelo ajudou a companhia a se destacar mesmo em períodos de preços mais baixos do petróleo.