
A Vibra (VBBR3) está em conversas com a Cosan (CSAN3) para tentar adquirir a Moove, uma das maiores fabricantes e distribuidoras de lubrificantes da América Latina. A informação é do Brazil Journal, com base em fontes próximas às negociações.
A movimentação reacende o interesse pelo ativo após a tentativa frustrada de abertura de capital da Moove na Bolsa de Nova York no ano passado.
As conversas se intensificaram a partir do desejo do fundo de private equity CVC Capital Partners, que detém 30% da Moove, de vender sua participação. A CVC busca uma saída do investimento desde o insucesso do IPO e contratou o banco Lazard para assessorá-la na operação.
Do outro lado, a Vibra está sendo assessorada pelo Citi, enquanto a Cosan conta com o Bank of America e o JP Morgan para avaliar suas opções estratégicas.
Apesar de a Vibra ter demonstrado interesse em comprar 100% da Moove, fontes próximas ao fundador e presidente do conselho da Cosan, Rubens Ometto, indicam que ele não pretende abrir mão do controle da empresa — que representa uma importante fonte de geração de caixa com exposição internacional relevante.
A Moove é detentora da exclusividade da marca Mobil no Brasil e atua fortemente nos setores automotivo e industrial. Com operações no Brasil, América Latina, Europa e Estados Unidos, cerca de metade de sua receita já é gerada em moedas fortes. Em 2008, a Cosan adquiriu a empresa em conjunto com a rede de postos da Esso.
No ano passado, a tentativa de listar a Moove em Nova York visava um valuation na casa dos R$ 10 bilhões, com múltiplo estimado de 7x EV/EBITDA. O IPO chegou a ser lançado em outubro, mas não foi adiante, diante das condições de mercado e da dificuldade em atrair investidores com o valor pretendido.
A possível venda da Moove ou de parte dela acontece num contexto em que a Cosan busca ajustar seu portfólio e reduzir sua alavancagem, após uma série de investimentos pesados nos últimos anos, especialmente nos setores de energia e infraestrutura.
As informações são do Brazil Journal.