
- Bemobi lucra quase R$ 40 milhões no 2T25 e cresce 19% em receita
- Empresa tem mais de R$ 500 milhões em caixa e busca fusões e aquisições
- BMOB3 já subiu 50% no ano, mas CEO diz que ações ainda estão baratas
Poucos brasileiros conhecem a Bemobi (BMOB3) pelo nome, mas quase todos já usaram seus serviços sem perceber. A empresa de tecnologia opera a plataforma de pagamentos usada por gigantes de telefonia, energia e saneamento no País e atua em 60 mercados internacionais.
E agora, com mais de meio bilhão de reais em caixa e sem dívidas, a companhia acelera os planos de expansão, com foco em fusões e aquisições estratégicas.
Crescimento acima das expectativas
Entre abril e junho de 2025, a Bemobi registrou lucro líquido ajustado de R$ 38,8 milhões, alta de 4,5% em relação ao mesmo período de 2024. A receita líquida subiu 19%, para R$ 175,1 milhões, enquanto o Ebitda ajustado avançou 24,1%, atingindo R$ 59,9 milhões.
Além disso, o avanço em quatro frentes impulsionou o desempenho: meios de pagamento e microfinanças, que cresceram mais de 20% cada, além de SaaS e assinaturas, com alta superior a 10%.
Desse modo, no Brasil a carteira já inclui mais de 1.400 clientes, com destaque para operadoras de telefonia e empresas como a Sabesp.
Caixa cheio e foco em M&A
Segundo o CEO Pedro Ripper, a empresa não pretende ampliar o programa de recompra de ações, já responsável por reduzir a liquidez dos papéis desde o IPO em 2021. Logo, o foco agora é investir o caixa acumulado em aquisições.
“O lugar que estamos mais empolgados no momento, por incrível que pareça, é o Brasil. O mercado de pagamentos aqui é super sofisticado, e o consumidor já está pronto para novas soluções”, disse em entrevista ao Balanço em Foco.
Portanto, a Bemobi já analisou mais de 300 empresas para eventuais negócios e promete manter uma postura ativa em busca de oportunidades estratégicas.
Dividendos e valorização na Bolsa
A companhia também reforçou o compromisso com os acionistas. Em 2025, prometeu distribuir mais de R$ 200 milhões em proventos e já anunciou R$ 30 milhões em Juros sobre o Capital Próprio em agosto.
Ademais, para dar mais previsibilidade ao mercado, apresentou um guidance de lucro mínimo de R$ 100 milhões para o ano e já cumpriu 64% da meta até o segundo trimestre.
Por fim, as ações BMOB3 acumulam valorização de cerca de 50% no ano, mas o CEO avalia que ainda estão abaixo do valor justo.