Bola da vez

XP aposta em boom: mercado de ETFs no Brasil pode crescer até 10 vezes no próximo ciclo da Bolsa

Gestora vê espaço inexplorado no país, aponta comparação com US$ 15 trilhões globais e projeta ETFs como protagonistas no bull market.

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ETFs americanos 800x450 1
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  • Mercado brasileiro de ETFs pode multiplicar por até 10 vezes em novo bull market, diz XP.
  • Indústria local ainda está distante dos US$ 15 trilhões globais.
  • Gestão passiva deve liderar alocação de recursos na próxima fase de alta da Bolsa.

O mercado brasileiro de fundos negociados em bolsa (ETFs) pode ser um dos grandes protagonistas no próximo ciclo altista da Bolsa. A avaliação é de Danilo Gabriel, sócio e gestor da XP Asset, que projeta um salto de até dez vezes no volume da indústria local quando o fluxo positivo de investimentos retornar ao mercado.

Segundo ele, a comparação com o mercado global evidencia o espaço de crescimento. A indústria de ETFs já soma US$ 15 trilhões em ativos no mundo, de acordo com a Bloomberg Intelligence, mas no Brasil a classe de produtos ainda está em estágio inicial, bem abaixo do potencial.

ETFs prontos para capturar o bull market

Durante o evento ETF Week, realizado nesta terça-feira (16) pela B3, Gabriel afirmou que o cenário deve ser diferente do último ciclo, entre 2017 e 2021, quando os gestores ativos dominaram. Agora, os ETFs estão mais bem estruturados e preparados para capturar o fluxo.

O gestor destacou que os produtos de gestão passiva tendem a ganhar força em períodos de valorização consistente da Bolsa. Isso porque oferecem diversificação imediata, menor custo e transparência.

Para ele, a próxima fase de alta será marcada pela consolidação dos ETFs como opção prioritária de alocação de recursos no Brasil.

Potencial de crescimento no Brasil

De acordo com Gabriel, a indústria local de ETFs “ainda engatinha” em relação às possibilidades. Embora tenha registrado avanços importantes nos últimos anos, o Brasil continua distante do patamar global.

Ele afirmou que o mercado tem condições de dobrar, triplicar e até multiplicar por dez quando o ciclo altista se consolidar. O movimento dependerá, sobretudo, do retorno do apetite dos investidores locais e internacionais.

Além disso, a maior disseminação de educação financeira e o aumento da liquidez no mercado secundário devem servir de catalisadores para esse crescimento.

Aposta da XP Asset

A XP Asset tem reforçado sua atuação no segmento de gestão passiva. A gestora lançou nos últimos anos uma série de ETFs temáticos e setoriais, mirando o investidor que busca exposição direta a índices e setores estratégicos.

Segundo Gabriel, a meta da XP é expandir a base de produtos e consolidar a gestora como referência no mercado local de ETFs. Para ele, o avanço dessa indústria no Brasil é inevitável.

O gestor concluiu que, no próximo ciclo da Bolsa, os ETFs devem deixar de ser apenas uma alternativa para se tornar parte central da estratégia de investimento dos brasileiros.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.