XP dobra a aposta: Petrobras (PETR4) pode subir mais de 50% mesmo após saída no Conselho

• XP vê renúncia de Pietro Mendes como esperada e sem impacto estratégico
• Conselho da Petrobras pode eleger substituto até a próxima Assembleia Geral
• Corretora mantém recomendação de compra para PETR4, com preço-alvo de R$ 46 e alta potencial de 52%

A XP Investimentos procurou tranquilizar o mercado após a renúncia de Pietro Mendes ao cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras (PETR4). Em relatório aos clientes nesta quinta-feira (21), a corretora afirmou que o mercado já antecipava a saída. Ela não deve impactar a estratégia da estatal.

Na quarta-feira (20), a Petrobras informou que Mendes deixou o cargo em razão de “novos desafios profissionais”. Ele ingressou no Conselho em abril de 2023. Nesta semana, o Senado aprovou seu nome para a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Substituição prevista em estatuto

A Petrobras destacou que, conforme o Estatuto Social, o próprio Conselho pode eleger um substituto de forma temporária, com mandato válido até a próxima Assembleia Geral. Isso garante a continuidade das decisões estratégicas da empresa.

Além disso, para a XP a mudança não traz risco de descontinuidade. Segundo os analistas Regis Cardoso e João Rodrigues, não há expectativa de alteração significativa na condução da estatal após o anúncio.

Portanto, a avaliação é de que o mercado já precificava a saída de Mendes, especialmente após sua aprovação para o cargo na ANP, o que torna a renúncia apenas uma formalidade.

Petrobras segue no radar de investidores

A XP reiterou a recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de R$ 46. Isso representa um potencial de valorização de 52,22% em relação ao fechamento da última quarta-feira (20).

Ademais, segundo a corretora, a petroleira segue como uma das oportunidades mais atrativas da Bolsa, sustentada pela forte geração de caixa e pela política de dividendos.

Por fim, a análise reforça que, apesar das mudanças em sua governança, a companhia mantém fundamentos sólidos e segue posicionada de forma competitiva no setor de energia.