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Milei diz acreditar em fraude no primeiro turno das eleições na Argentina

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Javier Milei alega, sem provas, que houve fraude no primeiro turno das eleições na Argentina.

Javier Milei, candidato libertário à presidência da Argentina, fez uma declaração controversa ao afirmar que o primeiro turno das eleições argentinas foi marcado por fraudes. Em uma entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, Milei expressou suas dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral, apesar de não apresentar evidências concretas para suas alegações.

Ele questionou a influência do poder político sobre o poder eleitoral e insinuou que o controle dos votos por figuras políticas poderia comprometer a legitimidade dos resultados. Esta acusação surge em um momento crítico, com o segundo turno das eleições se aproximando.

Candidato Presidencial Argentino Questiona Legitimidade do Processo Eleitoral

Na reta final da campanha eleitoral argentina, Javier Milei, o candidato com uma visão libertária para a presidência, trouxe à tona alegações de fraude que marcariam o primeiro turno das eleições. Durante uma entrevista com o jornalista peruano Jaime Bayly, Milei expressou sua desconfiança em relação à integridade do processo eleitoral, apontando para “irregularidades de tal tamanho” que, segundo ele, colocariam em dúvida o resultado das eleições de 22 de outubro.

Milei, que disputará o segundo turno em 19 de novembro, criticou o sistema eleitoral argentino, sugerindo que a contagem dos votos está sob influência direta do poder político, uma referência velada ao envolvimento de Máximo Kirchner e setores do peronismo na gestão eleitoral. A contagem oficial dos votos é responsabilidade da Direção Nacional Geral, com uma prévia divulgada pelos Correios argentinos.

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Sem apresentar provas, Milei colocou em xeque a aceitação dos resultados eleitorais, levantando questões sobre a alternativa disponível caso a fraude fosse confirmada. Suas declarações provocaram um debate acalorado sobre a transparência e a confiabilidade do sistema eleitoral da Argentina, especialmente em um contexto de polarização política e desconfiança institucional.

A entrevista de Milei ressoa em um cenário de crescente ceticismo em relação à democracia representativa na América Latina, onde alegações de fraude eleitoral têm sido frequentemente utilizadas por candidatos para deslegitimar adversários e processos eleitorais. A situação na Argentina é particularmente sensível, dada a sua história política complexa e a atual crise econômica que desafia o país.

Sergio Massa e Javier Milei disputam segundo turno na Argentina

Javier Milei, autodenominado “anarcocapitalista”, é da coalizão conservadora La Libertad Avanza, e se coloca como representante de um liberalismo extremo. Entre suas propostas estão a redução drástica de subsídios e do aparato estatal. Num discurso com idas e vindas, ele já propôs o fechamento do Banco Central, a saída do Mercosul e a dolarização da economia, medida vista como inviável por economistas menos radicais.

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Ele passou a ganhar notoriedade ao começar a dar uma série de entrevistas polêmicas e se elegeu deputado em 2021. Nas primárias, foi o candidato mais votado, com cerca de 30% dos votos.

Sergio Massa, do partido peronista União pela Pátria, é o atual ministro da Economia da Argentina. Político experiente, o advogado conquistou as primárias de seu partido depois da terceira tentativa. Massa também já foi presidente da Câmara dos Deputados.

Massa terminou na frente nas eleições realizadas no dia 22 de outubro na Argentina, com 36,2% dos votos.

Ele vai disputar a presidência com Milei, que obteve 30,19% dos votos e era o líder nas pesquisas de intenção de voto.

Em terceiro lugar ficou a candidata Patricia Bullrich, com 23,82%, seguida por Juan Schiaretti, com 7% e Myriam Bregman, com 2,66% dos votos.

O segundo turno das eleições presidenciais da Argentina é realizado 30 dias após o primeiro turno. No caso das atuais eleições, a nova rodada de votações para a Presidência da República está prevista para o dia 19 de novembro, entre 8h e 18h, segundo as autoridades eleitorais do país.

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