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Mineradora de Bitcoin anuncia prejuízo de US$ 805 mi

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A Core Scientific, uma das maiores mineradoras de Bitcoin do mundo, declarou nesta quarta-feira (7) um prejuízo de US$ 805 milhões (R$ 4,5 bilhões) no trimestre passado. Esse montante significativo não está diretamente relacionado ao desempenho operacional recente da empresa, mas sim a problemas financeiros herdados do passado.

A mineradora, que havia declarado falência nos Estados Unidos em 2022, tem buscado se reerguer desde o ano seguinte, após mudanças em sua direção. Desses US$ 805 milhões de prejuízo, US$ 796 milhões estão ligados à valorização de suas ações. Desde janeiro de 2024, as ações da Core Scientific saltaram de US$ 3 para US$ 10, devido à emissão de “warrants”, que concedem aos detentores o direito de compra de ações a um preço fixo.

O valor restante do prejuízo está relacionado as despesas de juros líquidos e outros gastos da empresa, que voltou a operar no início deste ano.

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Expansão e Progresso

Apesar do prejuízo significativo, a Core Scientific continua a expandir suas operações. A empresa informou que minerou 1.680 bitcoins no segundo trimestre de 2024, o que equivale a aproximadamente R$ 553 milhões (US$ 97 milhões) na cotação atual. Além disso, a empresa firmou um contrato de 382 megawatts para expandir sua infraestrutura, com a expectativa de gerar US$ 6,7 bilhões ao longo dos próximos 12 anos.

Adam Sullivan, CEO da Core Scientific, expressou otimismo em relação ao progresso contínuo da empresa. “Conquistas importantes durante e após o trimestre incluem a navegação bem-sucedida pelo halving de abril e a obtenção de um custo de caixa favorável de aproximadamente US$ 29.900 por bitcoin minerado,” disse Sullivan. Ele destacou que, com o Bitcoin sendo negociado na faixa dos US$ 58.000, a empresa está operando com uma boa margem de lucro.

Sullivan também mencionou que a Core Scientific está explorando outras áreas que dependem de computação de alto desempenho, além da mineração de Bitcoin. Ele acredita que a empresa está bem posicionada para continuar gerando valor para seus acionistas à medida que avança na segunda metade do ano.

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Dificuldade de mineração de Bitcoin atinge recorde histórico

Apesar da recente queda no preço do Bitcoin, um indicador específico continua impressionando a comunidade cripto: a dificuldade de mineração. De acordo com dados do BTC.com, a dificuldade do Bitcoin atingiu um novo recorde histórico na quarta-feira (31), alcançando 90,67 trilhões de hashes. Este aumento na dificuldade indica a necessidade de maior poder computacional e energia para realizar o trabalho de mineração, refletindo um ambiente cada vez mais competitivo para os mineradores.

A Importância da Dificuldade de Mineração

A função de hash é uma operação matemática essencial realizada pelos mineradores de Bitcoin como parte do processo de segurança da blockchain. Quanto maior a dificuldade, mais complexo se torna o processo de mineração, exigindo mais recursos computacionais e energéticos. Este aumento na dificuldade “reduziu significativamente as margens para as empresas de mineração de capital aberto”, afirmou Nishant Sharma, fundador da BlocksBridge Consulting, ao site Decrypt.

Sharma destacou que o aumento da dificuldade está forçando as empresas de mineração a diversificar suas fontes de receita ou a aumentar seus investimentos em Bitcoin na esperança de um mercado em alta. “Aqueles que estão diversificando estão reaproveitando sua infraestrutura de mineração para aplicações de computação de alto desempenho, como IA”, acrescentou. “Enquanto isso, aqueles que estão dobrando a aposta estão segurando ou comprando mais Bitcoin, seguindo o exemplo da MicroStrategy, que essencialmente atua como um ETF de Bitcoin.”

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