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Monitor do PIB-FGV aponta retração de 1,2% na atividade econômica em abril

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Monitor do PIB-FGV aponta retração de 1,2% na atividade econômica em abril na comparação com março, considerando-se dados com ajuste sazonal. Na comparação interanual a economia cresceu 3,0% em abril e 3,8% no trimestre móvel findo em abril.

“Assim como o forte crescimento registrado no primeiro trimestre não deve ser analisado de forma tão otimista, a queda de 1,2% da atividade econômica em abril não deve ser analisada de forma pessimista. Esta retração mostra um efeito esperado, tendo em vista que o desempenho econômico em fevereiro e março foram muito elevados devido a produção de soja. Como a maior parte da colheita deste produto se concentra no primeiro trimestre, e este apresentou grande influência nos resultados positivos registrados nos primeiros meses do ano, a queda em abril sinaliza apenas que a colheita de soja tende a ser menor a partir do segundo trimestre. Apesar de toda essa volatilidade característica da agropecuária estar sendo refletida em toda a atividade econômica, os desafios do país continuam sendo os mesmos. Os juros elevados e o menor fôlego esperado para o setor de serviços, em comparação ao ano passado, ainda são os principais entraves para a economia”, segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

ANÁLISE DESAGREGADA DOS COMPONENTES DA DEMANDA

A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi realizada na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.

Consumo das famílias

O consumo das famílias cresceu 2,9% no trimestre móvel findo em abril. Conforme observado no Gráfico 2 do release, apesar do crescimento, há uma tendência de redução desta taxa desde o final de 2022. O consumo de serviços é o principal componente a explicar essa tendência declinante; mesmo sendo o componente do consumo que mais cresce, tem apresentado perda de força desde o início de 2023.

Formação bruta de capital fixo (FBCF)

A FBCF cresceu 0,3% no trimestre móvel findo em abril. O segmento da construção e de outros da FBCF seguem crescendo, no entanto, as máquinas e equipamentos explicam este fraco desempenho da FBCF. As máquinas e equipamentos retraíram 3,1% no trimestre móvel findo em abril sendo a quarta retração consecutiva nesta comparação. O desempenho do segmento de caminhões e ônibus é a principal causa para a retração desse componente.

Exportação

A exportação de bens e serviços cresceu 4,8% no trimestre móvel findo em abril. Os destaques são as exportações de produtos da extrativa mineral, agropecuária e serviços. Das exportações de produtos industrializados, onde estão os bens de consumo, bens de capital e bens intermediários, nota-se contribuição negativa ou praticamente nula.

Importação

O total das importações cresceu 3,5% no trimestre móvel findo em abril. A exceção da importação de produtos agropecuários e da extrativa mineral, todos os demais componentes da importação contribuíram positivamente para este resultado.

PIB-FGV EM VALORES

Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB até abril de 2023 em valores correntes, tenha sido de 3 trilhões 402 bilhões e 985 milhões de Reais.

TAXA DE INVESTIMENTO

O Gráfico 6 do release destaca em duas linhas as médias das taxas de investimento: a laranja (em cima) mostra a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2000 (18,0%); a cinza (em baixo), a média das taxas de investimento mensais desde janeiro de 2015 (16,6%). Observa-se que a taxa de investimento em abril foi de 16,6%; mesmo patamar da média histórica desde 2015. A tendência de redução na taxa de investimentos mensal que tem sido observada desde o segundo semestre de 2022 pode estar associada as elevadas taxas de juros, que inibem os investimentos e, particularmente em 2023, pelo desempenho da agropecuária. Isto porque, a forte contribuição da agropecuária para o elevado crescimento do denominador (PIB) foi consideravelmente acima do numerador (FBCF) da taxa de investimentos.

Leia mais  Investimento no setor de infraestrutura deve crescer 11,1% no Brasil este ano, segundo projeção

Acesse aqui o press release


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