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Os títulos de dívida (bonds) da Americanas SA (AMER3) emitidos no exterior já caíram mais de 75% desde a descoberta do rombo de R$ 20 bilhões, informa o Estadão.
Os bonds citados representam para o mercado americano o que entendemos no Brasil como uma debênture.
Ou seja, de forma resumida, é um título de dívida. Portanto, um investimento em bonds nada mais é que um empréstimo para empresas que não sejam uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. No entanto, ao invés de recorrer aos bancos e suas altas taxas para estes empréstimos, a companhia recorre aos investidores do mercado de capitais.
Em outras palavras, funciona da seguinte forma: uma empresa necessita de uma quantidade de dinheiro para fazer algum investimento de expansão dos negócios ou, até mesmo, pagar débitos. Dessa forma, em vez de procurar um empréstimo no banco (que costuma ter custos mais altos), ela lança debêntures no mercado para captar recursos.
Em especial, os Bonds representam um mecanismo de uma empresa buscar recurso em um mercado externo, ganhando a vantagem de operar em dólares.
Assim, a companhia fez duas captações externas, ambas de US$ 500 milhões e com vencimento em 2030, que na época atraíram grande demanda de grandes investidores pelo mundo, pois a pandemia aumentava as vendas no varejo digital e o Brasil crescia mais que seus pares.
Agora, os investidores internacionais que compraram estão preocupados e marcaram uma reunião em Nova York para sexta-feira (20/1), com o objetivo de estruturar um grupo de credores para começar a discutir a situação com a varejista e o banco Rothschild, que foi nomeado pela Americanas para tratar com os credores locais e estrangeiros.
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