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BEEF3 está ao ponto para ser degustado pelos investidores, inclusive entre os de “paladar” exigente. O Banco Santander atualizou sua recomendação para o setor frigorifico, e revelou que as ações da Minerva são a escolha que não pode faltar no “churrasco” dos analistas.
Em meados de 2022, o Santander elegeu a Minerva como sua top pick entre os frigoríficos brasileiros listados em bolsa. Na segunda-feira, 6 de fevereiro, o banco voltou a reforçar essa preferência, mas ressaltou que está ampliando seu apetite pelo ativo. Com recomendação de outperform (acima da média do mercado) para o papel, o Santander elevou o preço-alvo da ação da Minerva de R$ 20 para R$ 23.
Santander joga água no churrasco
Apesar da boa visão para com os papéis da Minerva, os analistas do banco espanhol não posseum a mesma ivisão otimista para seus pares no setor e rebaixou os preços da JBS, da BRF e da Marfrig, destacando algumas questões a serem digeridas pelo investidor nessas empresas.
Em relação à Minerva, a elevação do preço-alvo foi justificada, entre outras questões, por duas aquisições recentes da companhia. Há duas semanas, a empresa comprou a BPU Meat, no Uruguai, por cerca de US$ 40 milhões. A maior tacada, no entanto, veio em outubro de 2022, quando a Minerva adquiriu a Australian Lamb Company (ALC), frigorífico de cordeiros australiano, em uma transação estimada em cerca de US$ 260 milhões (R$ 1,3 bilhão).
“Ampliamos nossa projeção de Ebtida para 2023 em 11%, para R$ 3,7 bilhões e, para 2024, em 16%. Ressaltamos que a ALC representa 9% do nosso preço-alvo e 7% do nosso Ebtida para 2023, enquanto a BPU representa 4% do nosso preço-alvo e 4% do nosso Ebitda para 2023”.
Escreveram os analistas Rodrigo Almeida e Laura Hirata
A dupla cita perspectivas positivas para a compra da ALC, a partir de fatores como o aumento do rebanho de cordeiros na Austrália; as condições climáticas que devem permitir o abate de animais de maior peso em 2023, resultando em maior lucratividade; e uma potencial recuperação nos embarques para a China, além de melhoras adicionais em mercados como Coreia do Sul, Japão e Índia.
“Vemos a Minerva com um valuation atrativo, desalavancagem e dividendos sólidos, mas vale a pena monitorar as atividades de M&A da companhia”, destacou, em contrapartida, um outro trecho do relatório.
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