
- Segurados do INSS receberão o 13º em duas parcelas, com depósito automático.
- Aposentados que recebem um salário mínimo terão R$ 751 na primeira parcela.
- Governo prevê impacto positivo no comércio e na quitação de dívidas.
O pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS começa no dia 24 de abril de 2025, conforme confirmou o Ministério da Previdência Social. O valor virá reajustado, de acordo com o novo piso previdenciário de R$ 1.502, em vigor desde janeiro. A antecipação da primeira parcela foi oficializada em decreto presidencial publicado no início do mês.
Milhões de beneficiários receberão valor maior neste ano
A primeira parcela do abono, que corresponde a 50% do valor do benefício, será paga entre os dias 24 de abril e 8 de maio, conforme o número final do cartão de pagamento de cada segurado. A segunda parte, com os descontos do Imposto de Renda para quem se enquadrar, será depositada entre 24 de maio e 7 de junho.
De acordo com o governo federal, mais de 33 milhões de segurados receberão o abono, incluindo aposentados, pensionistas e quem recebe auxílios temporários, como auxílio por incapacidade. O valor final de cada pagamento dependerá do benefício recebido mensalmente.
Além disso, o Ministério da Fazenda estima que a liberação do 13º injetará mais de R$ 66 bilhões na economia entre abril e junho. O objetivo é estimular o consumo das famílias e dar fôlego à atividade comercial em todo o país.
Reajuste acompanha salário mínimo de 2025
O valor do benefício segue o novo salário mínimo, definido em R$ 1.502 no início deste ano. Com isso, aposentados e pensionistas que recebem um salário mínimo terão direito a R$ 751 na primeira parcela do 13º. Para quem recebe mais de um salário ou teve o benefício iniciado ao longo do ano os valores são proporcionais.
Vale destacar que, diferentemente dos trabalhadores com carteira assinada, os segurados do INSS não recebem o 13º no final do ano. Nos últimos anos, o governo adotou a antecipação como política de estímulo à economia, prática que se mantém em 2025.
Portanto, o reajuste aliado à antecipação deverá reforçar o poder de compra das famílias, especialmente entre os consumidores de maior vulnerabilidade econômica.
Medida pode reduzir inadimplência e estimular o comércio
Segundo especialistas, o impacto do abono vai além do consumo imediato. Parte dos beneficiários usa o valor extra para quitar dívidas ou reforçar a reserva financeira. Com isso, a expectativa é que o índice de inadimplência entre idosos sofra leve retração no segundo trimestre do ano.
Além disso, entidades do setor varejista apontam que o abono tende a movimentar o comércio de médio porte, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a concentração de beneficiários é maior.
Ainda assim, economistas projetam um impacto moderado sobre o crescimento do PIB. Como o abono já está previsto no orçamento da União, ele não representa um novo estímulo fiscal. No entanto, ele funciona como alívio para milhões de famílias com renda fixa.
Governo aposta na previsibilidade e na transparência
O Ministério da Previdência destacou que a antecipação do 13º salário se insere em uma agenda de previsibilidade e responsabilidade fiscal. A medida já estava contemplada no planejamento do Tesouro desde o fim de 2024.
Em nota oficial, a pasta reforçou que os valores cairão nas contas conforme o calendário regular de pagamentos. A Previdência organizará os depósitos conforme o final do número do cartão do benefício, sem o dígito verificador, e oferecerá o extrato no app e no site Meu INSS.
Portanto, os bancos vão creditar o benefício adicional automaticamente, sem que os segurados precisem solicitá-lo. Os beneficiários podem acompanhar os valores de forma antecipada pelo portal oficial da Previdência.