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2022 foi o pior ano da história para os IPOs?

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Um IPO, ou Initial Public Offering, consiste na listagem inicial de uma empresa na bolsa de valores. Assim, este momento é um ponto importante, pois mostra o momento em que uma empresa de social fechado se torna uma sociedade anônima. 

A chegada de novos IPOs mostram que o mercado está aquecido, como novas companhias buscando expandir suas alterações e firmar novas parcerias. No entanto, em 2022 o mercado se mostrou terreno arisco a novos processos de listagem em bolsa. E além de novas empresas não entrarem na bolsa, várias companhias finalizaram suas caminhadas na bolsa.

Até novembro, a B3 perdeu 14 empresas. Foi um período em que não houve nenhum IPO. O que não ocorria desde 1998.

Algumas dessas empresas tiveram seus registros cancelados pela CVM pela falta de envio de documentos periódicos ou outros problemas, mas algumas realizaram ofertas públicas de aquisição de ações (OPA) para sair da bolsa. Há outras OPAs em andamento, como Fertilizantes Heringer, Getnet e Boa Vista Serviços.

Em novembro, a capitalização de mercado das 449 empresas listadas na B3 era de R$ 4,409 trilhões, queda de R$ 193 bilhões no acumulado de 2022. Segundo o jornal, há previsão até 40 ofertas de ações em 2023, mas a grande maioria deve ser de “follow-ons”, com apenas cerca de um terço desse total formado por IPOs. Além disso, as estreias na bolsa devem se concentrar no 2º semestre.

Um levantamento da consultoria EY mostra que o número de lançamentos globais de IPO (Oferta Pública Inicial, nas iniciais em inglês) caiu 45% em 2022 em relação ao ano anterior. Apenas 1.333 empresas começaram a negociar publicamente suas ações nesse ano. Em 2021, foram 2.436 IPOs, um recorde. Em volume de dinheiro arrecadado, a queda foi ainda maior – de 61%, para US$ 179,5 bilhões.