Se você pensa em começar a investir em Ether (ETH), criptomoeda nativa da rede Ethereum, mas não conhece muito bem o projeto, deveria estar com o conteúdo que traremos a seguir na ponta da língua.
Compilamos para você, caro leitor, algumas informações relevantes sobre a segunda maior criptomoeda do mundo e sua blockchain, a Ethereum.
Sim, é isso mesmo. Ether e Ethereum não são sinônimos. Ether ou ETH é como chamamos a criptomoeda nativa da blockchain Ethereum. Já dá pra tirar uma onda na mesa de bar com essa informação, hein?
Pois bem, a rede Ethereum tem conquistado posição de destaque nos últimos anos quando se fala em soluções blockchain. Afinal, ela deu origem aos contratos inteligentes e é berço de inovações como as finanças descentralizadas (DeFi), os tokens não fungíveis (NFTs) e os jogos em blockchain.
Vamos conhecer um pouco mais sobre este importante ecossistema?
Índice de conteúdo
Ether (ETH) é criptomoeda com a segunda maior capitalização de mercado
Atualmente, a Ether (ETH) não é apenas mais uma altcoin, mas a segunda maior criptomoeda do mundo quando levamos em conta a capitalização de mercado.
De acordo com o Coinmarketcap, no momento em que este artigo estava sendo escrito, em 23 de setembro de 2022, o Ether registrava uma capitalização de mercado de mais de US$ 157.900.000,00.
O Bitcoin, primeira e maior criptomoeda do mundo, por sua vez, registrava um marketcap superior a US$ 359.000.000,00.
Vale destacar que, hoje, vivemos um rigoroso inverno cripto e um cenário macroeconômico bastante desfavorável para os ativos de risco, com taxas de juros altas e um maior volume de investidores optando pela renda fixa.
Portanto, esta não é a fotografia mais favorável do mercado cripto. É preciso ponderar, ainda, que o contexto econômico global não anula os fundamentos de importantes protocolos como o Bitcoin e a Ethereum, apenas impacta nos preços dos criptoativos.
Rede Ethereum possui um grande ecossistema de desenvolvedores
Entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, a Ethereum registrou uma média mensal de 4.000 desenvolvedores de código aberto ativos trabalhando na rede, segundo pesquisa da Electric Capital divulgada em janeiro deste ano.
No entanto, é importante destacar que as redes rivais, conhecidas como “Ethereum Killers”, a exemplo de Polkadot (DOT), Solana (SOL) e Binance Smart Chain (BSC), registraram rápido crescimento no mesmo período.
O relatório observou que Ethereum, Polkadot, Cosmos, Solana e Bitcoin eram os cinco maiores ecossistemas de desenvolvedores até então.
Proof-of-Stake: novo mecanismo de consenso da Ethereum demanda baixo consumo energético
Os avessos à mineração de criptomoedas — em razão do alto consumo energético — podem enxergar na Ethereum uma alternativa mais amigável ao meio ambiente.
Neste mês de setembro, o ecossistema Ethereum abandonou seu antigo protocolo de consenso, conhecido como Prova de Trabalho ou Proof of Work (PoW) — que continua sendo usado pelo Bitcoin — e aderiu à Prova de Participação (PoS).
O Merge ou fusão da Ethereum foi responsável por reduzir mais de 99% do uso de energia para a validação das transações na rede, segundo uma estimativa recente.
Se você quer entender melhor como funcionam esses dois mecanismos de consenso, te convido a ler o nosso artigo sobre o assunto, em que explicamos o tópico de forma descomplicada.
Leia também: Proof of Work vs Proof of Stake: entenda a diferença entre os protocolos de consenso
Apesar dos benefícios levantados pelos defensores da Prova de Participação, como o baixo consumo energético e um maior potencial de escalabilidade da rede, existe uma corrente de especialistas em blockchain que questiona a segurança deste protocolo, defendendo a Prova de Trabalho, usada pelo Bitcoin, como sendo o mecanismo mais seguro.
Aqui, caro leitor, não iremos nos aprofundar neste longo debate. Mas acredito que você precisava saber disso.
Ethereum é berço de soluções inovadoras: smart contracts, DeFi, DAOs e NFTs
Poucos hesitam quando apontamos o bitcoin (BTC) como sendo a principal criptomoeda do mercado. Pelo menos desde a sua criação até hoje, nenhuma outra conseguiu conquistar o seu lugar de protagonismo.
Foi a partir da rede Bitcoin que surgiu a tese de descentralização das informações e, portanto, nela foi estabelecida a base para a construção de uma nova economia, 100% digital e independente de intermediários.
Mas não podemos negar que a Ethereum tem conquistado uma posição de destaque por ter dado origem aos contratos inteligentes (smart contracts) e por ser o berço de inovações como as finanças descentralizadas(DeFi), os tokens não fungíveis (NFTs), os jogos em blockchain e asorganizações autônomas descentralizadas (DAOs).
Leia também: O que são NFTs? Conheça aplicações além da arte
Tudo isso sem falar na ascensão dos metaversos e do conceito de web 3.0, que englobam diversas blockchains, mas têm a Ethereum como uma das principais redes – senão a principal – em que estão baseadas aplicações bastante populares na comunidade cripto, como o Descentraland.
Ficou curioso para aprender mais sobre as inovações que surgiram a partir da rede Ethereum? Então te convido a continuar acompanhando a coluna do Zro Bank aqui no Guia do Investidor.
Quinzenalmente, trazemos um conteúdo exclusivo e acessível para que você entenda, de uma forma descomplicada e menos técnica, ao menos a pontinha do iceberg da instigante e revolucionária tecnologia blockchain. Vamos juntos?
Autora: Marcela Maranhão, jornalista e coordenadora de Marketing no Zro Bank | LinkedIn.