- UBS BB reitera recomendação de “compra” para ações da Vibra Energia.
- Preço-alvo elevado para R$ 36, representando um potencial de valorização de 44%.
- Expectativa de margens melhores, estimadas em R$ 154/m³ a partir do segundo trimestre.
- Projeção de EBITDA da Comerc acima de R$ 1 bilhão para este ano.
- Possibilidade de se tornar uma grande pagadora de dividendos, com dividend yield estimado em 7,6%.
- Preocupação com potencial transação com a Eneva como fator de risco (“overhang”).
- Avaliação da empresa em 8,2 vezes o EBITDA projetado, com capitalização de mercado de R$ 28,4 bilhões.
O UBS BB, em relatório recentemente publicado, destacou uma perspectiva otimista para a Vibra Energia, apontando para diversas oportunidades de crescimento e valorização para os investidores interessados no setor.
O banco reitera sua recomendação de “compra” para as ações da empresa, ao mesmo tempo em que eleva o preço-alvo de
R$29 para R$36, sugerindo um potencial de valorização de 44% em relação ao preço atual das ações.
Uma das principais análises apresentadas pelo UBS refere-se às melhorias esperadas nas margens da Vibra Energia. Enquanto o mercado atualmente estima uma margem entre
R$130-135/m³ para o ano em curso, o banco acredita que essa margem poderá atingir R$ 154/m³, com um ponto de virada já a partir do segundo trimestre. Esse otimismo é fundamentado em fatores internos e externos, que indicam uma trajetória ascendente para a rentabilidade da empresa no curto prazo.
Além disso, o UBS destaca o desempenho robusto da Comerc, a comercializadora de energia do grupo, que projeta alcançar um EBITDA superior a R$ 1 bilhão este ano. Essa projeção é respaldada pelos resultados já entregues no último trimestre, evidenciando a solidez e eficácia das operações da empresa nesse segmento específico do mercado de energia.
No que diz respeito aos retornos aos acionistas, o UBS observa que a Vibra Energia possui uma baixa alavancagem financeira, o que sugere a possibilidade de se tornar uma pagadora significativa de dividendos já neste ano. Com uma estimativa de dividend yield de 7,6%, a empresa pode atrair ainda mais investidores em busca de oportunidades de renda estável e atrativa no mercado.
Apesar desses aspectos positivos, o relatório ressalta uma questão de cautela em relação a uma possível transação com a Eneva, que continua a ser um elemento de incerteza (“overhang”) para as ações da Vibra Energia. Embora essa potencial transação possa representar uma oportunidade estratégica para a empresa, ela também introduz um grau adicional de complexidade e risco no cenário de investimento.
Em termos de avaliação de mercado, o UBS destaca que a Vibra Energia está sendo negociada a um múltiplo de 8,2 vezes o EBITDA projetado para o ano atual. Considerando sua capitalização de mercado de R$ 28,4 bilhões na B3, a empresa continua a ser vista como uma oportunidade atrativa para investidores que buscam exposição ao setor de energia, com base em seu potencial de crescimento e rentabilidade.
Em resumo, o relatório do UBS BB oferece uma análise abrangente e detalhada da Vibra Energia, destacando tanto os aspectos positivos quanto as preocupações potenciais que os investidores devem considerar. Com um cenário favorável para melhorias nas margens, resultados sólidos da Comerc e perspectivas de dividendos atrativos, a empresa continua a atrair a atenção do mercado, apesar dos desafios relacionados a possíveis transações corporativas.
O que dizem os analistas
“Depois de três anos de alta volatilidade nas margens entendemos a hesitação do mercado em precificar margens melhores, no entanto, os comentários de players da indústria têm sido unânimes de que vamos continuar a ver níveis melhores em 2024, ajudados por um ambiente competitivo menos agressivo e mudanças regulatórias que reduziram impostos.”
Argumenta o analista da UBS Luiz Carvalho
Sobre o UBS BB
O UBS BB é um banco de investimento único, que surgiu da união de duas forças que se complementam: a abrangência global do UBS, com atuação nos principais centros financeiros do mundo, e o alcance local do Banco do Brasil, presente em 99% dos municípios do país.
Como banco de investimentos privado, assessoram as empresas na captação de recursos, na viabilização de projetos e na criação de valor. O banco atua também como Global Banking, desenvolvendo soluções financeiras adequadas aos objetivos de empresas, e Global Market, ajudando os clientes a tomarem as melhores decisões de investimento.