- Após meses sofridos devido a pandemia, Azul e Gol começam a preparar decolagem;
- Itaú BBA mantém recomendação neutra mesmo com algumas melhoras;
- Potenciais upsides são de 33% e 30%. Confira.
Tanto a Azul (AZUL4), quanto a Gol (GOLL4) divulgaram seus resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano no início no mês. Após vários meses com a pandemia dificultando seus negócios, os olhos do mercado parecem convergir novamente para as aéreas.
De acordo com analistas do Itaú BBA, as empresas seguem com demanda inferior ao terceiro trimestre de 2019. Contudo, a volta da procura de passagens segue em linha com a capacidade de oferta das duas empresas. Em relação à Azul, tanto a capacidade quanto a demanda estão em linhas com as projeções do banco: alta de 10% ante 2020 e 6% inferior à 2019.
“Levando em conta despesas líquidas, projetamos prejuízo de R$ 1,2 bilhão entre julho a setembro, refletindo depreciação do real e a queda da receita líquida da Azul.”
disseram analistas do Itaú BBA.
Além disso, eles afirmam que a Gol deve apresentar mais uma vez um EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) negativo. Isto é, refletindo os aumentos dos custos de combustíveis e pressão cambial. Também lembram que a aérea pretende aumentar sua capacidade em 30% no quarto trimestre ante o mesmo período do ano passado. Dessa forma, ela busca captar uma temporada de maior demanda.
Com base nisso tudo, o Itaú BBA colocou recomendação “neutra” tanto para as ações da Azul quanto para as da Gol. Em relação aos preços-alvo, os mesmos ficaram em, respectivamente, R$ 41 e R$ 24,5. Portanto, potencial upside com base no preço de fechamento desta terça-feira é de 33% e 30%.