Chegando perto do fim do pregão as ações do Carrefour Brasil (CRFB3) caem mais de 6%, enquanto o Ibovespa sobe. Portanto, reflete a trágica notícia do assassinato por espancamento de um homem negro em uma loja do grupo, na última quinta-feira, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Dessa forma, ao longo de sexta e todo final de semana, protestos antirracistas ocorreram, além de ataques a lojas da rede. Na véspera do Dia da Consciência Negra, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, fui brutalmente morto por um segurança e um policial militar temporário – que estava fora de serviço.
Na sexta-feira, mesmo com a notícia, as ações do Carrefour Brasil subiram 0,5%. Mas hoje, por volta das 17h05, as ações caem -5,40%.
Entretanto, segundo a Genial Institucional:
“O evento pode gerar pressão sobre o estoque no curto prazo devido a riscos à sua imagem, embora não deva afetar a operação no longo prazo”
Além disso, vale dizer que tal queda vem após 6 pregões positivos consecutivos, onde as ações da empresa somaram alta de mais de 7%. Até sexta passada, o acumulado era de 10,5%.
O posicionamento do Carrefour
Em nota, a companhia foi direta e disse o seguinte:
“O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar s envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário.”
De acordo com Alexandre Bompard, CEO global do Grupo Carrefour, é necessária uma revisão completa das ações de treinamento. Principalmente em relação à segurança, diversidade e repúdio à intolerância.
Por fim, Abílio Diniz – empresário que dispensa apresentações – se manifestou pelo Twitter dizendo que o ocorrido é uma “tragédia e uma enorme brutalidade”. Diniz faz parte do conselho de administração do Carrefour.